domingo, 26 de junho de 2011

Osteodistrofia fibrosa generalizada

Também denominada osteíte fibrosa que é uma expressão inadequada, uma vez que o processo não tem natureza inflamatória. Também esta alteração metabólica óssea pode ser chamada de Hiperparatiroidismo secundário renal
onde sempre há hipocalcemia. Aqui esta função aumentada da glândula Paratireóide sempre é compensatória. Normalmente temos neste caso dois mecanismo importante: secundário renal onde o rim pode estar lesado crônicamente, e então ele esta com excreção de fósforo baixa, portanto aumentado no sangue(hiperfosfatemia), assim como em cosequência o cálcio fica baixo (hipocalcemia). Sabemos que a vitamina D3, é formada no rim, e ele com insuficiência não vai formar a vitamina D3(é uma proteína de ligação do cálcio), portanto não há absorção de cálcio, levando à uma hipocalcemia, onde teremos ao exame de sangue uma Hipocalcemia, hiperfosfatemia e uma hiperfosfatasemia que é o enzima responsável pela reabsorção óssea. O outro mecanismo é o secundário nutricional em que a hipocalcemia é de natureza alimentar, que é uma doença produzida pelo homem, onde pode-se ter duas alternativas: Cálcio baixo no alimento ou fósforo alto, ou mesmo  a deficiência de vitamina D3. As fotografias acima mostram o rim com nefrite cronica, cortical óssea com infiltração de tecido conjuntivo e osteopênica, ou seja com pouco osso, e a paratireóide com aumento de volume.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cervicite em vaca

É uma inflamação aguda ou cronica da cervix, e não é uma entidade independente, e deve ser considerada como extensão de uma endometrite ou vaginite, ou mesmo traumas. O epitélio secretor do muco proporciona uma boa defesa contra a invasão bacteriana. A forma usual da cervicite simples se observa como uma tumefação da primeira prega anular(caudal) que aparece edematosa e hiperêmica como mostra a foto ao lado, podendo haver projeção dos primeiros anéis para a vagina. Pode haver presença de exsudato muco purulento, e perda de função.

Dupla cervix na vaca

É uma alteração na má formação da cervix tendo como causa a persistência completa ou parcial na parede medial do ducto de Miller, ou uma causa hereditária. Pode ter com consequência partos distócicos e a infertilidade, Ressalta-se que o uso do vaginoscópio é uma opção que aumenta a acurácia no diagnóstico da dupla cervix.

Toxoplasmose

É uma enfermidade causada por um protozoário denominado Toxoplasma gondii. O parasito é pequeno, em forma de crescente, e foi descrito pela primeira vez por Nicolle e Manceaux, em 1908, em um roedor africano, o gondi. Posteriormente a doença foi relatada no homem e em quase todos os mamíferos e aves, tanto domésticas como selvagens e animais de laboratório. É uma zoonose de grande importância para a saúde pública; há inclusive transmissão placentária. Nos animais domésticos a forma granulomatosa da lesão é vista mais frequentemente no cão e gato. Nos outros animais a forma é mais do tipo exsudativo. A doença é espalhada pelo mundo, inclusive no Brasil, onde tem sido descrito casos em coelho, cães, pombos, galinhas, suínos, macacos, bovinos, etc. Macroscopicamente os pulmões  são afetados, e as lesões variam de pequenas áreas nodulares irregulares de cor acinzentada e mais firme que o parênquima, e envolvendo estes nódulos há hemorragia, com comprometimento da porção ventral, veja fotografia superior. Estas lesões pulmonares as vezes se assemelham às lesões da histoplasmose. O fígado geralmente revela ou áreas de necrose focais ou manchas irregulares. O baço e linfonodios aparecem aumentados de volume e avermelhados. Pode haver lesões em outros órgãos, inclusive cérebro. Os alvéolos pulmonares ficam repletos de grandes células mononucleares e leucócitos, com agrupamento de toxoplasma nas células do revestimento alveolar, como mostra a fotografia inferior.

sábado, 18 de junho de 2011

Necrose pancreática.

É também denominada esteatonecrose da gordura pancreática, sendo muito frequente. Por estestonecrose entende-se um processo patológico dos tecidos gordurosos em que possivelmente por ação de enzimas,a gordura de tais tecidos é desdobrada em ácidos graxos e glicerina. A esteatonecrose é descrita no cão, no suíno, no bovino, no ovino, no equino no felino e na galinha; pode ser consequência da decomposição das gorduras peritoneais pelo suco pancreático, desde que haja condições que possibilitem seu extravasamento na própria glândula pancreática. O refluxo de tal secreção é observado na colelitíase, em que os ductos pancreáticos são comprimidos pelos cálculos biliares. No cão, frequentemente se consegue estabelecer relação entre a esteatonecrose peritoneal e seu comprimento, tal como existe no homem. Para a explicação desses casos, aventa-se a hipótese da formação de fermentos lipolíticos pelas próprias células gordurosas. Outros autores pensam na possibilidade da ingestão de substâncias com propriedades lipolíticas nos alimentos vegetais. Na espécie bovina, a esteatonecrose às vezes é encontrada em animais estéreis (Hagan; Andrade dos Santos e Fonseca Xavier). A esteatonecrose manifesta-se por focos turvos e opacos, brancos ou branco-amarelados, semelhante a pingos de chama de vela, veja a foto acima, cujo tamanho atinge o de uma ervilha ou ainda maior. No suíno, no bovino e no ovino são em geral muito extensas as lesões.

Enfarte esplenico

Os enfartes esplênicos são frequentes nos animais, constituindo mesmo o baço o órgão em que são mais comuns tais necroses isquêmicas nas espécies domésticas. Em sua primeira fase também denominada jovem, que dura de 2 a 3 dias, aparece uma área vermelho-escura, edemaciada e em forma de cunha com base voltada para a superfície do órgão, como demonstrado na fotografia ao lado. Em uma segunda fase o enfarte esplênico torna-se pálido e deprimido; apresenta-se então como uma área mole, friável, opaca de cor amarelo-pálido e cercada por halo hiperêmico de coloração vermelho-escura. Um ou vários enfartes podem ocorrer no baço. Quando múltiplos suas cicatrizes podem dar ao órgão um aspecto de baço contraído o que constitui também uma sequela da esplenite cronica. O enfarte esplênico é determinado pela oclusão da artéria esplênica ou seus ramos, por êmbolos ou trombos. Os enfartes esplênicos são frequentes no bovino, no suíno e no homem.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Congestão esplênica

No baço a hiperemia passiva ou simplesmente congestão esplênica de origem central têm como causa lesões do coração ou da pequena circulação. As de origem periférica têm como sede as lesões das veias do órgão, compreendendo as tromboses ou as compressões das mesmas. Na estase aguda, o órgão mostra-se moderadamente aumentado de volume, avermelhado escuro e um pouco amolecido como mostra a foto ao lado; sua superfície de corte é escura e faz saliência sob a cápsula, de onde flui uma maior quantidade de sangue que o normal. Conforme Smith e Jones, a manifestação mais comum dessa hiperemia é a que se observa em cães sacrificados piedosamente com nembutal ou com outros barbitúricos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Edema pulmonar


O edema pulmonar aparece nas mais diversas circunstâncias. Observar o edema nas duas fotografias ao lado. As insuficiências cardíacas, sobretudo do coração esquerdo, e as nefrite são outras tantas causas do edema pulmonar; merecem ainda citação como causas deste edema o oxigênio em pressões excessivas, os cianeto, o fosgênio( gás de guerra),  a amônia e o antu (rodenticida). Os traumatismos cranianos, as queimaduras extensas da pele, as obstruções intestinais e a transfusão de sangue de cavalo no bovino(choque) constituem também causas do edema pulmonar. A agonia pode acompanhar-se de edema do pulmão, consequência da debilidade progressiva do coração no processo agônico. O pulmão, macroscopicamente, apresenta-se de cor mais clara, sua consistência é mais firme que a normal e dá impressão de fortemente expandido; seccionado, elimina líquido seroso arejado, que lembra a escuma de sabão. À docimasia hidrostática, os fragmentos do órgão flutuam.

Enfarte pulmonar

Os enfartes do pulmão são raros por possuir o órgão uma dupla circulação. Em condições naturais, os enfartes pulmonares só se manifestam quando há congestão do órgão. Os enfartes pulmonares,  são quase sempre hemorrágicos, podendo ser também senil como mostra a foto ao lado onde mostram-se cuneiformes em seu aspecto e com sua base voltada para a superfície pleural; no ápice, percebe-se o ramo ocluído da artéria pulmonar responsável pelo processo. A pleura é em geral recoberta de fibrina. A superfície de corte é de cor vermelho-escura, quase preta, firme e seca.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Melanose pulmonar

Osteossarcoma em bovinos

Também chamado sarcoma osteogênico. É um tumor maligno de osteoblastos, geralmente derivado do periósteo. daí der chamado também sarcoma periosteal. Esta fotografia mostra um osteossarcoma em um bovino adulto com diagnóstico histopatológico, emboras esta neoplasia seja mais comum em cães e gatos e raro em outras espécies domésticas. O traumatismo tem sido incriminado como agente etiológico do tumor mas nenhuma prova concreta foi demonstrada. Estes tumores são arredondados, ovóides ou alongados e esta intimamente ligado ao osso do qual derivou. São salientes, de consistência dura e contém áreas amolecidas e espículas ósseas. O tumor pode invadir a cavidade medular. Pode existir cápsula ou não. A sua cor é branco amarelado róseo ou branco acinzentado. À superficíe pode estar ulcerada, associada à infecção secundária. Estes tumores são muito invasores, e as metástase são frequentes e se dão por via sanguínea, daí sua alta incidência no pulmão. Este tumor sempre implica um mal diagnóstico.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Carcinoma de base de lingua dos bovinos

Duas fotografias de carcinoma de base de língua dos bovinos representando o tanto que a sua morfologia é extremamente variável, assim como também sua etiopatogenia complexa indo desde uma etiologia viral, até intoxicação por algumas plantas tóxicas entre elas a samambaia, cientificamente denominada Pteridium aquilinum. Geralmente estes carcinomas da base da língua são assintomaticos até que aja invasão bastante profunda na musculatura da língua, dificultando em muito a deglutição. Geralmente apresentam como massas teciduais de crescimento invasivo, nodulares ou não, de cor amarelada ou amarelo acinzentado e como mostra as duas fotos ulcerações na base da língua.

domingo, 12 de junho de 2011

Vólvulo ou nó-nas tripas em um equino adulto

Esta fotografia foi  enviada por um acadêmico do 5º período do curso de Medicina Veterinária da Unipac de Uberlândia o acadêmico José Márcio Martins Meneses, e a necropsia elaborada por Márcio José Meneses  deste equino de 10anos na fazenda de Everaldo Peres, município de Unaí Mg, os quais agradeço por dar a oportunidade desta postagem.
O vólvulo é uma obstrução intestinal devido a uma volta do intestino sobre o seu eixo mesentério. Esta alteração pode acontecer depois de um exercício muito exigido do cavalo, como saltos ou movimentos bruscos do corpo. Pode acometer todas as espécies, embora seja mais comum nos equídeos. A migração de larvas de estrôngilos pode também representar um papel importante nesta etiopatogênia. O vólvulo nos cavalos tem começo súbito, com sinais de dor abdominal aguda. É possível que o animal  escoceia o abdomem, dá coices ao vento, se estica todo, até cair ao solo. Há congestão de mucosas conjuntivas; taquisfigmia intensa indicando um estado critico e depois pode passar a subnormalidae; anorexia completa; as evacuações intestinal estão ausentes ou mesmo escassas; é frequente o tenesmo; há hipoperistáltismo com meteorismo intestinal. Esta enfermidade pode ser determinada pela palpação retal. O curso é muito rápido, e em poucas horas o animal pode entrar em depressão profunda e vir à óbito.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Hepatite infecciosa canina ou doença de Hubarth

É uma enfermidade contagiosa dos cães com sinais que variam entre uma febre ligeira e congestão das mucosas e depressão grave, leucopenia acentuada e tempo de hemorragia prolongado. É uma doença infecciosa aguda dos cães e muito disseminada pelas diferentes regiões do mundo. Ocorrem alterações congestivo-hemorrágicas no fígado, com certo grau de necrose ( foto superior ). Na histopatogia a infecção se acompanha da formação de inclusões nucleares basófilas nas células hepáticas ( corpúsculo de Rubatth ) ( foto ao meio ), lesão esta patognomônica da doença. A parede da vesícula biliar esta edemaciada e engrossada ( foto abaixo ).
São susceptíveis cães de todas as idades. A transmissão por via aérea não se considera problema, com excessão da rara forma respiratória da enfermidade. A transmissão direta pode produzir-se durante o quadro agudo, quando o vírus esta presente em todas as secreções e excreções. O vírus se localiza logo no rim e se elimina pela urina durante meses depois. A urina dos cães recuperados, que contenha vírus, pode difundir a enfermidade. O período de incubação é de 5 a 10 dias.

Endocardites

São as endocardites, classificadas, quanto à localização, em valvulares( ou valvulites ), se a lesão se assenta na válvula, e murais se a alteração se estabelece na parede endocárdica. Quanto à morfologia, classificam-se em vegetativas ou verrucosas , se há predominantemente a formação de trombos, ou ulcerativas se há ulceração do folheto endocárdio. Alguns autores distinguem as endocardites vegetativas das verrucosas, classificando de vegetativas aquelas cuja excrescência é volumosa e de verrucosas aquelas cujo trombo é pequeno. As bactérias constituem a causa das endocardites nos animais, e os germes originam-se de metrites; mastites; abcessos cutâneos primários; infecções umbilicais; pneumonia; infecções de garganta, etc. A foto superior é de uma endocardite vegetativa no bovino, e a inferior de uma endocardite aguda em um cão, sendo que ambas são valvulares

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Trombose auricular em cão

Trombose é a solidificação do sangue no interior do sistema circulatório durante a vida. A trombose auricular, cuja patogenia é discutida, se observa em gatos e com menor frequência em cães. A trombose auricular tem sido detectada em cães como consequência de fibrilação dos átrios e pode ser que a maior parte dos casos de trombose auricular se devam a estase sanguínea no átrio ou zonas auriculares. Na fotografia mostra-se um trombo como uma estrutura rugosa avermelhada, aderida ao endocárdio auricular, o qual esta provocando uma isquemia auricular.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Hiperemia passiva no baço

No baço, as hiperemias passivas ou congestão de origem central tem como causa lesões do coração ou da pequena circulação. As de origem periférica tem como sede as lesões das veias do órgão, compreendendo as tromboses ou as compressões das mesmas. Na estase aguda, o órgão mostra-se moderadamente aumentado de volume e um pouco amolecido; sua superfície de corte é escura e faz saliência sob a cápsula, de onde flui muito sangue. Conforme Smith e jones, a manifestação mais comum dessa hiperemia é a que se observa em cães sacrificados piedosamente com nembutal ou com outros barbitúricos. A estase aguda do baço é vista também na morte de origem cardíaca (etiologia da foto ao lado), cólica do cavalo e em bovinos e suínos abatidos por golpe de marreta. As endocardites podem causar estase cronica do baço. Pode aparecer também na torção ou na distensão do ligamento do órgão. As obstruções trombóticas das veias esplênicas, as compressões das mesmas por tumores e abcessos e a cirrose hepática também pode causar a estase cronica do órgão.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cálculos renais ou litíase ou calculose

À presença de cálculos no trato urinário, dá-se o nome de urolitíase e ao cálculo formado de urólito. O problema da urolitíase tem importância nos ovinos, bovinos, cães e gatos, dentre os animais domésticos. Na gênese do urólito, a deficiência de vitamina A parece ter certa importância. A correlação da presença de certos sais na alimentação e a formação de cálculos urinários esta estabelecida através de certas observações feitas em animais de laboratório. Embora a infecção às vezes seja a consequência de cálculos, ela pode ser a sua origem. Outros fatores responsabilizados pela litíase urinária são ainda: medicação por certas sulfas; mudança de certos regimes alimentares para o de concentrados; uso de certos hormônios ( dietilbestrol ) em carneiros para a engorda; teores elevados de mucoproteinas na urina. O aspecto macroscópicos dos diferentes tipos de cálculos urinários são bastantes diferentes nas diversas espécies domésticas. Os cálculos urinários do cão são formados ora de ácido úrico e uratos, ora de oxalatos, ora de cistina. Os urólitos de oxalatos são duros e pesados, brancos e amarelados e recobertos de espinhos denteados, como mostra a fotografia ao lado. Os urólitos agem ocluindo a passagem da urina, do que sobrevem dilatação da bexiga, dos ureteres, bem como do bacinete e dos cálices (hidronefrose ). Pode haver ruptura da bexiga, hipotrofia progressiva do tecido renal, e infiltrabidade de tecido conjuntivo intersticial, etc.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Hipoplasia renal


A hipoplasia renal significa crescimento incompleto e é uma anomalia do desenvolvimento sendo mais frequente que a aplasia, podendo também  ser acompanhada de outras malformações. Geralmente o rim esquerdo é  mais afetado que o direito, e  se mostra mais marcadamente subdesenvolvido quando o processo é assimétrico. O rim oposto pode aparecer normal ou hipertrofiado como mostra as fotografias. A hipoplasia pode ser assimétrica como é usual no cão como mostra as fotos e a raça mais correntemente afetada é a Cocker Spaniel. O ureter esta quase sempre normal. As artérias são hipoplásicas, como pode comprovar-se por inspecção macroscópica. Se a hipoplasia é unilateral o animal pode viver normalmente, mas se os dois rins estão comprometidos ele tem uma vida mais curta. O rim hipoplasico é menor que o normal ( veja as fotos ), esta com uma consistência mais firme e a cápsula renal sob tensão. O órgão tem uma tonalidade branco acinzentado.

domingo, 5 de junho de 2011

Hepatoma em cães

Os hepatomas são de pouco frequência nos cães e menos comuns ainda nos gatos. Macroscopicamente estes tumores são massas esféricas grandes multilobulares, separadas por tecido hepático normal por uma cápsula delgada, distinta. São moles e geralmente fazem saliência na superfície do fígado. A superfície de corte da massa aparece de cor amarelo acinzentado e com zonas irregulares de hemorragia vermelho escuro. Estes tumores crescem por expansão local. Podem produzir metástase secundárias dentro do próprio órgão, causando massas numerosas menores, não bem definidas e esféricas. São raras as metástase extra hepáticas.

sábado, 4 de junho de 2011

Dilatação cardiaca crônica

É um aumento do volume do coração devido ao impedimento da contração adequada. Há aumento das câmaras cardíacas. O termo cardiomiopatia significa literalmente "doença cardíaca ". A cardiomiopatia dilatada ocorre quando o músculo cardíaco esta fino, enfraquecido, e não se contrai corretamente. A enfermidade pode levar à insuficiência cardíaca congestivo, com acumulo de líquidos no pulmão, tórax, cavidade abdominal ou no tecido subcutâneo. Na foto acima ao lado, observa-se um coração de bovino com aumento do diâmetro transversal em relação ao longitudinal demonstrando uma dilatação cardíaca com o coração fechado,  e a foto abaixo o coração esta aberto, e mostra uma musculatura ventricular hipotrofiada, com aumento da câmara ventricular, caracterizando, portanto uma dilatação cardíaca cronica. Esta dilatação pode comprometer tanto o lado esquerdo como o direito.

Tricuríase canina ou verme do chicote

Estes vermes adultos do Tricuris vulpis tem de 40 a 70 mm de comprimento e consistem em uma porção anterior longa e fina e um terço posterior mais engrossada. Habitam o ceco e o colo, onde o verme fixa na parede intestinal, com sua extremidade anterior bem profundamente fixada à mucosa intestinal. Nas infestações discretas não se nota sintomas, porém com uma maior intensidade de vermes, pode provocar uma reação inflamatória intensa com hemorragia do intestino grosso, resultando evidente perda de peso e diarreia, e estas fezes destes cães intensamente infestados podem estar acompanhadas de sangue vivo, e ocasionalmente produzir anemia. Nota-se uma mucosa pálida com alguns exemplares do parasito na foto ao lado. Juntamente com o tratamento antihelmintico normal para os cães, se deve associar uma boa limpeza e profilaxia, eliminando as áreas húmidas, e com isto reduzindo consideravelmente a infestação nos cães.

Hipertrofia concêntrica cardiaca esquerda em bovino

Esta alteração cardíaca implica em aumento da massa muscular do miocárdio sem aumento simultâneo do volume diastólico final, ou seja sem dilatação cardíaca. É uma resposta adaptativa à uma sobrecarga funcional cronica sobre pressão ventricular, aumento da resistência circulatória pulmonar ou sistêmica, ou ainda sobrecarga cronica do volume sanguíneo. Esta hipertrofia concêntrica da parede do ventrículo esquerdo, esta sempre acompanhada de diminuição da câmara da cavidade ventricular como mostra a fotografia do coração ao lado, o qual foi feto um corte transversal. Nesta alteração o coração incrementa muito o seu peso, seu comprimento e adquire uma forma ovalada.

Melanoma cutâneo nos equideos

Os melanomas cutâneos tem apreciável importância em patologia animal. São frequentes nos equídeos, cães, bovinos e suínos. No cavalo aparecem com extraordinária frequência entre os exemplares de pelagem tordilha. Afirmam mesmo certos autores, que todos os cavalos dessa pelagem apresentam melanomas, desde que vivam prolongadamente. Surgem principalmente na raiz da cauda e no períneo, geralmente bilaterais, propagando-se ao longo da cauda como mostra a fotografia ao lado. Como os cavalos tordilhos são escuros ao nascer e vão progressivamente tornando-se mais claros, pensam alguns autores que o aparecimento desses melanomas possam estar ligado a uma drenagem do pigmento melânico dos pelos para a pele. Na espécie humana os melanomas ocorrem mais nos representantes da raça negra.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Osteoporose em suinos

Esta alteração metabólica óssea compromete qualquer espécie de animais, inclusive a espécie humana. É uma enfermidade óssea que faz parte normal de envelhecimento, e é mais comum em fêmeas do que em machos. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relaciona com traumas. Faz parte das alterações metabólicas ósseas caracterizadas por osteopenia, onde há pouca formação óssea por insuficiência osteoblastica, ao contrario do raquitismo e osteomalacia onde há pouca mineralização da matriz orgânica óssea. É uma doença metabólica generalizada caracterizada por diminuição da aposição óssea. É uma doença frequente. Não há hipocalcemia, e sua etiopatogênia esta relacionada com qualquer fator que influencia na síntese da matriz óssea, como deficiência de proteína, deficiência de vitamina C, deficiência de cobre e zinco, assim como também hipopituitarismo, hipotiroidismo, e deficiência de hormonios sexuais, etc. A anatomia patológica mostra pouco osso, e o pouco osso que existe esta bem mineralizado. A sua córtex esta mais fina, e há uma redução osteoblástica sendo que a medular esta mais ampla. O osso esta pouco resistente. Radiologicamente o osso mostra uma córtex  fina e é bem radiopaco, ao contrario do raquitismo. À microscopia os osteoblastos são inativos ( fusiformes ) e hipotróficos e a constituição trabecular mais fina. Este aspecto radiológico foi demonstrado neste plantel, principalmente neste exemplar da fotografia.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fibromas



São tumores derivados de fibroblastos, comum em todas as espécies.Sua localização preferencial é na pele mas pode ser visto onde houver tecido conjuntivo fibroso. Macroscopicamente eles são arredondados ou ovóides, bem circunscritos, de cor brancacento e consistência firme como mostra as duas fotografias ao lado. Alguns são pedunculados ou papilares. Os fibromas dos cavalos estão sob a denominação de SARCÓIDE EQUINO, e nos coelhos são conhecidos como fibroma de Shope ( etiologia viral ). Estas duas fotografias ao lado mostra um fibroma da genitália externa dos bovinos, onde a foto de cima mostra o tumor fechado e a debaixo o tumor com um corte ao meio demonstrando a sua coloração brancacento. Esta neoplasia tem sua etiopatogênia relacionada com vírus.