segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Erisipela suína ou ruiva
É uma enfermidade infecciosa que se manifesta de varias maneiras,
afetando principalmente os suínos em crescimento. É de distribuição mundial.
Esta enfermidade septicêmica aguda pode causar a morte, mas é possível que a
perda econômica maior tem origem provenientes de casos discretos, crônicos e
não fatais da enfermidade. A
erisipela, também conhecida como ruiva, é uma enfermidade do tipo hemorrágica,
causada pela bactéria Erysipelothrix rhusiopathiae, um bacilo
gram-positivo, que provoca septicemia aguda ou subaguda e lesões crônicas
proliferativas. O principal reservatório do E. rhusiopathiae é
o suíno doméstico. Entretanto, mamíferos selvagens e pássaros também podem ser
fonte de infecção. É estimado que 30 50% dos suínos sadios alojam o E.
rhusiopathiae nas tonsilas e outros tecidos linfoides, e podem
eliminar a bactéria nas fezes e secreções oronasais, criando uma importante
fonte de infecção. As bactérias contaminam o solo, a água, a cama e os
alimentos, que servem como fonte de infecção e a penetração do agente ocorre
pela ingestão de alimentos ou água contaminados, bem como através de ferimentos
na pele. A doença pode se apresentar de varias formas como septicemia aguda,
forma cutânea artrites crônicas e endocardite vegetativa. Os suínos com
septicemia aguda podem morrer subitamente sem manifestações clínicas. A
coloração da pele pode variar desde o eritema até a despigmentação das orelhas,
focinho e abdome. Uma segunda alteração cutânea observada na erisipela suína é
a manifestação urticariforme que se dá nas formas atenuadas da doença, que se
caracteriza pela ocorrência, na pele de numerosas elevações em forma de
quadrado ou de losango como observadas nas fotos. Em consequências essas
manifestações cutâneas da doença são denominadas diamond skin disease, pelos
americanos e ingleses, onde são avermelhadas ou pardo-escuras e de consistência
mais dura que a da pele circunvizinha normal. Tais placas sofrem rapidamente um
escurecimento, mostrando a parte central mais intensamente escura. Estas lesões
podem desaparecer deixando cicatrizes. Essas alterações cutâneas são
consequência da oclusão de arteríolas por êmbolos formados de massas de
Erysipelothrix rhusiopathiae constituindo verdadeiros infartos.
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