Sertolioma em um cão com 12 anos de vida.

A presença de neoplasias testiculares primárias em cães velhos são bastante frequentes. O sertolioma é a neoplasia primária de menor frequência nos cães, ou seja o seminoma e o tumor de células intersticiais de Leydig são os mais corriqueiros. Estes tumores podem aumentar o volume dos testículos afetados, e podem desenvolver a síndrome de feminilização devido a seu elevado conteúdo de estrógenos. É bem conhecido o feito da atração sexual que os cães afetados mostram para os seus machos, porém o estrogenismo se manifesta outras vezes por redução do libido, distribuíção de gordura corporal como nas femeas, hipotrofia

testicular e do pênis, alopécia simétrica, tumefação prepucial e hiperplasia ou metaplasia escamosa da próstata. O aspecto macroscópicos do sertolioma pode ser bastante caracteristico observar fotografia ao lado. A neoplasia pode ter a forma de batata. A superfície de corte se avulta e tem uma coloração brancacenta, bastante firme e dura, ainda que às vezes pode aparecer descolorida ou cística. A necropsia deste cão com esta neoplasia foi elaborada pelo 5º período de Medicina Veterinária da Unipac de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil e as fotos tiradas pela acadêmica Ana Paula Silva de Oliveira também do 5º período e cedidas para este posta mento. Agradecemos a todos.

Linfandenite crônica em uma nelore de seis anos.

Esta fotografia ao lado demonstra um linfonódio mesentérico de uma vaca nelore de seis anos de idade extremamente aumentado de volume com uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso envolvendo o linfonódio que como se nota apresenta uma massa caseosa de coloração acinzentada pouco coesa e onde ao corte rangia-se demonstrando uma mineralização desta massa. portanto permitindo o diagnóstico macroscópico de linfadenite crônica com mineralização. Este diagnóstico foi confirmado pela histopatologia. Pode-se também observar alguns nódulos de oesofagostomíase no intestino delgado, material que foi postado em outra oportunidade neste mesmo blog. Também observa-se alguns nódulos pretos que são representativos de hemolinfonódios comuns nos ruminantes.

Oesofagostomiase em uma vaca nelore de seis anos

É uma verminose intestinal ocasionada pelo Oesophagostomum ou também conhecido como verme nodular, porque as larvas produzem nódulos inflamatórios na parede do intestino. Os nódulos formam em qualquer parte do intestino em sua serosa, porém principalmente na parte baixa do intestino delgado, ceco e cólon como se observa na fotografia ao lado. Estes vermes tem um comprimento de um a dois centímetros, são grossos e de coloração brancacenta. Em relação aos sinais clínicos a endo parasitose nos jovens causa anorexia, diarréia intensa de cor escura e fétida, e perda de peso e morte. Os animais mais velhos são mais resistentes, e os nódulos que envolvem as larvas apresentam necrose caseosa e com mineralização, reduzindo a motilidade intestinal. Estas lesões podem ocasionalmente produzir estenose ou intususcepção intestinal. Estes nódulos podem ser palpados pelo reto, e à necropsia podem serem observados facilmente como demonstra a fotografia acima.

Cistos ovariano em uma cadela Dálmata adulta.

Cistos ovarianos aparecem como um bolsa repleta de líquido que se forma sobre ou dentro do ovário. Os cistos ovarianos são bastante frequentes em cadela especialmente os foliculares. Estes cistos podem ser simples sem muita importância e de pouco significado, ou são múltiplos como mostra a fotografia ao lado.  Dada a ocorrência de estrógenos  nos cistos as cadelas portadoras dos mesmos mostram com frequência tumores mamários, podendo apresentar ninfomania, edema de vulva, hiperplasia endometrial cística e mamária.

Ascaridia galli em uma galinha adulta.

São vermes grandes, grossos, de cor branca amarelada como mostra as fotografias ao lado. O macho mede 5 a 7.6 cm de comprimento por 490 micras a 1.21 mm de espessura. A femea mede 6 a 11.6 cm de comprimento por 900 micras a 1.8 mm de espessura. Este verme é um dos mais comuns nematóides parasitos de aves em todo mundo. Ataca também o peru, porém não causa dano sério. Pode atacar também pombos, patos e gansos. Sua localização é no intestino delgado, ocasionalmente no esôfago, no proventriculo e na moela. Estes vermes causam diminuição de peso, que esta diretamente correlacionada à sobrecarga de parasitas, causam anemia, hipotrofia de timo, retardo de crescimento e aumento da mortalidade. Pode levar as aves a sonolência, edemaciação e diarréia. Este parasito esta envolvido na transmissão de reovírus aviários, e pode ter efeito sinérgico com outras doenças como a coccidiose.

Compostos de piperazina podem ser administrados na água de bebida em aves comerciais, apesar de terem pouca atividade na fase de larva. A necropsia desta ave foi elaborada pelo acadêmico Lucas Pena do 6º período do primeiro semestre de 2012 da Unipac Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, assim como também as fotos foram autorizadas pelo mesmo acadêmico o qual agradecemos por este posta mento.

Choque séptico em bovino.

 A síndrome choque é um termo clínico e esta diretamente relacionada com o interesse clínico e cirúrgico por suas características. Apesar de incontáveis pesquisas a respeito desta síndrome ela e sua etiopatogênia continuam complexas e obscuras. O choque é uma síndrome de insuficiência circulatória aguda, caraterizada pelos sinais decorrentes de perfusão inadequada dos tecidos e de órgãos vitais. Esta perfusão insuficiente torna os tecidos e órgãos incapazes de manter normais suas funções.  O choque pode ser um fator importante como contribuição para a causa da morte ou, talvez a causa principal da morte. O choque séptico é o tipo onde ocorre vaso dilatação reflexa e coagulação vascular disseminada, consequencia de uma resposta excessiva do sistema imune inato, mediante o estimulo dos macrófagos, por endotoxinas (lipos sacarídeos) liberadas por bactérias Gram-negativas (p. ex. Escherichia coli, Klebsiela sp., Proteus sp., e Pseudômonas aeruginosa. Outro tipo é o choque tóxico, decorrente da interação da células de defesa (linfócitos e macrófagos) com exotoxinas produzidas por bactérias Gram-positivas P. ex. Pneumococcus sp., Streptococcus sp., e Staphylococos aureus), tais toxinas podem ter como sinônimo a denominação de super-antígenos. Outros agentes podem ser causadores de choque: vírus, fungo e rickettsias. As bactérias Gram-negativas são responsáveis por 70% dos casos, enquanto as bactérias Gram-positivas são responsáveis por 30% dos casos. As duas fotografias representam órgãos de uma vaca com choque séptico, onde observa-se hemorragias em sufusões na foto inferior e na foto superior edema de traqueia. Este posta mento somente foi elaborado devido a participação efetiva e colaboradora do acadêmico do 3º ano de Medicina Veterinária de Uberaba, Minas Gerais, Brasil, o acadêmico Thiago Melo o qual executou a necropsia do bovino e brindou-nos com as fotografias. Este posta mento deve agradecer também ao Professor Dr Álvaro Ferreira Junior nosso venerado e grande excitador deste blog e orientador Titular na Medicina Veterinária de Uberaba e Unipac de Uberlândia.