O
prolapso do útero como mostra a fotografia é bastante frequente nos ruminantes
e excepcionais em outras espécies. As causas predisponentes na vaca são, sobre
tudo, as associadas com hipotonia uterina e também com disritmia das contrações
de involução. Entre as circunstâncias predisponentes mais usuais na vaca se
encontram a distopia com a tração forçada do feto, a retenção de placenta e a
hipo calcemia pós-parto. O prolapso do
útero geralmente ocorre dentro de poucas horas após o parto, quando a cérvix esta aberta e o útero perdeu o tono. O prolapso geralmente é completo e a massa
do útero geralmente pende por baixo dos jarretes do animal afetado. Nas vacas o
tratamento envolve a remoção da placenta (se ainda estiver presa) como neste caso e a limpeza
completa da superfície endometrial. Retorna-se então o útero para a sua posição
normal por um de vários métodos. Primeiro deve-se administrar uma anestesia. Se
a vaca ficar de pé, deve-se limpar o útero, eleva-lo ao nível da vulva sobre
uma bandeja (ou por meio de uma maca segura por dois assistentes) e então
coloca-lo por meio da aplicação de uma pressão anterior firme começando na
porção cervical e progredindo gradualmente para o ápice. Uma vez recolocado o
útero, deve-se inserir a mão na extremidade de ambos os cornos uterinos para se
certificar de que não haja uma invaginação remanescente. Se a vaca ficar em
decúbito, deve-se posicioná-la com os quartos posteriores elevados para
movimenta-la para uma área inclinada ou para coloca-la em decúbito esternal com
as patas traseiras estendidas para trás. O prognóstico depende do grau de lesão e de
contaminação do útero. A reposição imediata de um útero limpo e minimamente
traumatizado permite um prognóstico favorável. Em alguns casos, a bexiga e os
intestinos podem prolapsar no útero invertido como neste caso. Isto requer uma
recolocação cuidadosa antes da recolocação do útero. Pode-se drenar a bexiga
com um cateter ou uma agulha através da parede uterina. Pode-se tornar
necessária a incisão do útero para se recolocarem esses órgãos. Na vaca, a
amputação do útero severamente traumatizado ou necrótico pode ser o único meio
de salvação do animal. O tratamento de suporte e a antibioticoterapia são
indicados. Os pólipos uterinos podem
dar origem à prolapso uterinos na cadela. Em algumas espécies só sofrem
prolapso uterinos previamente gestantes. As sequelas patológicas do prolapso
são comparáveis com as da invaginação intestinal, com o trauma como fator
complicante. A congestão e o edema são
seguidos de hemorragia, e necrose, e posteriormente gangrena. A ruptura uterina
pode dar-se espontânea, porém em geral
resulta da manipulação obstétricas. Quero
agradecer a este posta mento ao colega da graduação da Unipac Uberlândia o
acadêmico Clayton Garcia atualmente cursando o sétimo período responsável pelas fotos e as
dicas deste posta mento.
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