Raquitismo nos animais

É uma alteração metabólica óssea onde há diminuição da mineralização da matriz orgânica óssea. A aposição óssea é normal, mas não ocorre a mineralização normal. A etiologia está relacionada com produto cálcio e fósforo. Esta relação tem de ser normal para ocorrer a mineralização. A deficiência de Cálcio pode ser primaria (nos alimentos) e secundária: devido à má absorção intestinal, deficiência de vitamina D3, e presença de oxalatos em pastos. Deficiência de fósforo (HPO4) primaria está na dieta (alimentação) e secundária devido à má absorção intestinal (doenças), fitados. As lesões como mostra as fotos a linha epifisária está irregular há um engrossamento da epífise, que está bem evidente na junção costocondral aparecendo o rosário raquítico. O engrossamento se deve ao acúmulo de osteoide. O osso quebra com facilidade. Na radiografia o osso mostra maior radioluscência e menor radiopacidade. Há pouco osso com diminuição da cortical óssea em detrimento do aumento da cavidade medular.

Pneumonia por Dictiocaulose em bezerros

Tem localização na porção caudal dos lobos diafragmáticos com presença de parasitos nos brônquios e bronquíolos como demonstrado na foto causando bronquite podendo levar a obstrução parcial e como consequência enfisema tipo cunha como demonstrado em outra foto do postamento ou obstrução total, causando atelectasia.

Morte em animais por descargas elétricas

As lesões ou morte nos animais devido a corrente elétrica de alta voltagem podem ser resultados de raios em estações chuvosas, de cabos de transmissão caídos como demonstra as fotos, circuitos elétricos defeituosos ou mordida dos animais em cabo elétrico. A morte por choque elétrico geralmente se produz por parada cardíaca ou respiratória. A passagem de corrente elétrica pelo coração pode produzir fibrilação ventricular, alterações no sistema nervoso central, alterações respiratórias e complementer outros centros vitais levando os animais a morte como neste dramático acontecimento onde perdeu-se 16 animais.

Enterólitos em equino

Enterólitos ou cálculos intestinais, são encontrados no intestino grosso de cavalo e outros animais. No cavalo formam-se mais frequentemente no cólon e mais raramente no cécum. São constituídos por fosfato de amônia e magnésio, principalmente quando o animal é alimentado com trigo ou farelo de centeio, alimentos ricos em fosfato de magnésio. Este fosfato normalmente é solúvel no suco gástrico e absorvido no intestino. Se uma quantidade excessiva deste sal é ingerida com o alimento e há ao mesmo tempo um distúrbio gástrico qualquer, com diminuição de secreção acida (fosfato de magnésio) alcança o cólon numa forma insolúvel não absorvível. No colo combina-se com o amoníaco produzido pela decomposição das proteínas por bactérias. O fosfato tríplice assim formado se cristaliza ao redor de substancias estranhas e não digeríveis, tais como grão de areia. A deposição pode ser em camadas, dando assim aspecto estratificado ao corte como mostra as fotos. Acredita-se que os enterólitos não se formam no intestino delgado porque o seu peristaltismo é muito rápido e porque não são favoráveis as condições para a decomposição das proteínas pelas bactérias e formação de amônia. Os enterólitos podem ser grandes podendo chegar a pesar 10 quilos, de forma esférica ou irregular ou facetada, de superfície lisa, brilhante. Sua superfície de corte é branco acinzentada, amarelo castanha ou castanha escura. Os enterólitos pequenos não produzem lesões e podem ser expelidos com as fezes.

Necrose adiposa pancreática

Também denominada gordurosa ou esteatonecrose. Como o próprio nome indica é a necrose do tecido adiposo. Há dois tipos: Abdominal ou pancreática e Subcutânea ou traumática. Macroscopicamente o tecido adiposo perde seu caráter brilhante e semitranslucido, tornando-se opaco, sólido ou ligeiramente granuloso. Muitas vezes aparecem áreas endurecidas de tamanho variável de cabeça de alfinete até grão de ervilha, bem delimitadas de coloração branco-amarelada como mostra as fotos. Á palpação tem consistência nodular e firme. Sua superfície de corte é seca, dura e de aspecto caseoso. Geralmente os focos são circundados por um halo hemorrágico. Quando há depósito de cálcio, sente-se o ranger da faca.

Corpos estranhos em abomaso de bovino

Corpos estranhos, concreções ou concrementos são estruturas sólidas compactas de consistência e forma variáveis como demonstra as fotos, originários de material diversificado como pelos, fibras vegetais, fosfatos, carbonatos, oxalatos, pigmentos, etc. Neste postamento observou-se a presença de um abscesso possivelmente por traumatismo do corpo estranho. Esta presença de corpos estranhos no aparelho digestório dos animais constitui-se em uma consequência de alguns aspectos ligados a situações acidentais; hábitos próprios de cada espécie ou ainda as deficiências alimentares que condicionam a aberrações do apetite pela necessidade orgânica desses animais buscarem, em fontes anômalas, os nutrientes de que carecem. Este último fator é destacadamente importante nos ruminantes e, particularmente nos bovinos, onde as necessidades de cálcio e fósforo têm papel fundamental nas condições de higidez desses animais resultando deste fato que a correta mineralização é um recurso essencial e definitivo para prevenir a instalação do habito aberrante de ingerir  corpos estranhos.

Tuberculose bovina em linfonodos e metástase hepática

A tuberculose nos bovinos é a mais importante nos animais domésticos. Causada quase que exclusivamente pelo bacilo do tipo bovino, mas pode ocorrer infecção com o tipo humano e aviário. As vias de infecção mais comuns dos bovinos são respiratórias e alimentar. Como é aceito que a tuberculose bovina pode ser adquirida por inalação ou ingestão, é evidente que a localização do complexo primário depende da via de infecção. A maioria dos bovinos adquiri a infecção após 6 meses a 1 ano de idade ou mais. Nestes, a chamada infecção dos adultos, a maioria das lesões ocorre nos linfonodos retrofaringeano, brônquicos e linfonodo mediastínico.

Aqui observou-se metástase no fígado. As lesões do folículo tuberculoso é uma lesão de dimensões variáveis indo desde milimétricos até grandes tubérculos por confluência das lesões milimétricas. O aspecto macroscópico de um tubérculo é geralmente como mostra a foto de um nódulo firme ou duro, de cor brancacenta, cinzento ou amarelado, de um milimetro a três centímetros de diâmetro. A superfície de corte é amarelada, caseosa, com centro necrótico, seco e solido e neste caso com a presença de pus. É comum a mineralização e ao corte um tubérculo tem-se a sensação de areia e um som peculiar que indica a presença de material calcário. 

Hipotrofia hepática em bovino no matadouro

Também chamada impropriamente atrofia, é a diminuição do tamanho do órgão ou parte dele que anteriormente tinha alcançado seu tamanho normal. Esta alteração ocorre quando as celulas do fígado recebem nutrição insuficiente ou sofrem alterações de seus processos metabólicos. Praticamente todos os órgãos são capazes de sofrer hipotrofia. As hipotrofias podem ser causadas por uma serie de fatores tais como: subnutrição, senilidade, deficiências circulatórias e inervação, devido ao desuso, a compressão prolongada, distúrbios endócrinos,etc. Macroscopicamente como mostra as fotos o fígado mostra-se diminuido de talhe, com seus bordos cortantes, mais leve, de consistência mais firme e endurecida. Sua capsula pode estar enrugada dando evidencia de um órgão com hipotrofia de parênquima.