segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Pericardite fibrinosa
As inflamações do pericárdio são
quase invariavelmente secundárias a afecções do miocárdio ou endocárdio, ou as
lesões em outros tecidos que entram em relação com o pericárdio, por
continuidade ou através dos vasos sanguíneos ou linfáticos. De acordo com a
classificação quanto ao exsudato esta que estou postando é uma pericardite
fibrinosa onde mostra-se dois casos necroscópicos como mostram as fotos. As
causas são extremamente variáveis e em bovinos, são vistas com frequência na
Pasteurelose. Em equinos, estreptococos geralmente são os responsáveis e pode
coexistir com poliartrite. A exsudação de liquido não é tão abundante como
mostram as fotos de maneira que, não é de se esperar uma distensão do saco
pericárdico. Macroscopicamente visualiza-se grande quantidade de fibrina que às
vezes cobre completamente o coração, tendo a aparência de um coração rugoso
como mostra as fotos. Na evolução do processo, a fibrina pode ser digerida ou
então organizada, formando-se aderências fibrosas, algumas vezes com completa
obliteração do saco pericárdico. Do ponto de vista clinico, um forte atrito
pericárdico é a característica mais notável. Dor à palpação, reações febris e
sinais indicativos de insuficiência cardíaca podem acompanhar o atrito
patognomônico.
Testiculo de cão no anel herniário
Os testículos retidos quase
sempre são menores e mais escuros que os normais. A posição dos testículos
varia de acordo com os casos. Eles geralmente estão localizados quase sempre no
anel inguinal interno, embora sejam ocasionalmente encontrados em uma posição
adjacente ao polo caudal dos rins ou no canal inguinal. Às vezes se localizam
em outros lugares como região perineal, canal femoral ou próximo ao pênis.
domingo, 27 de outubro de 2019
Pielonefrite em bovino
É uma inflamação da pelve renal
associada à inflamação de outras partes renais dos bovinos e de outras
espécies, causada geralmente por Corynebacterium renal. As vacas são afetadas
com maior frequência que os touros. Esta inflamação geralmente tem origem das
vias urinarias inferiores, ou seja, é uma inflamação ascendente ou urinogênica.
A infecção compromete principalmente as vacas, cuja uretra, sendo curta e
calibrosa, facilita a infecção urinógena. Há uma correlação muito estreita com
femeas que apresentam metrite pós-parto e a possibilidade de adquirir uma
pielonefrite supurada. À necropsia além das lesões de cistite hemorrágica e
metrite, observa-se que os rins se apresentam aumentados de volume com algumas
aderências capsulares, em que se notam abscessos de tamanho variável, de cor
amarela ou acinzentada como demonstra a foto.
terça-feira, 22 de outubro de 2019
Abraquia em potro recém nascido
É uma alteração regressiva congênita onde pode faltar os membros anteriores do animal como mostra as fotografias, e esta alteração é denominada agenesia braquial ou abraquia que pode ser unilateral ou bilateral. Significa literalmente ausência de iniciação. É evidente que este distúrbio ocorre no embrião ou feto na vida intra-uterina. As causas que acarretam estas anomalias não são bem estabelecidas, mas parece que estão mais ligadas a fatôres genéticos. Nesta anomalia é perfeitamente possível o animal viver. Pode ocorrer em todas as espécies animais inclusive no homem.
Hemorragia em estomago de um cão
Nestes tipos de hemorragias
gástricas o coágulo sanguíneo acumula-se na cavidade gástrica como demonstrado
na foto. Geralmente aparecem na ruptura do estomago, nos traumatismos do órgão
por corpos estranhos ou por alimentos muito duros. Como nesta grande hemorragia
gástrica onde o sangue foi atacado pelo suco gástrico o coágulo toma o aspecto de
chocolate ou de borra de café. No estomago deste cão onde não se observou
nenhuma lesão acredita-se que ele pode provir de sangue ingerido com algum
alimento ou da própria boca ou do esôfago do animal.
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Dermatomicose ou Tinha em bovino
Também denominada Tinha ou tricofitose, sendo a causa mais frequente o Trichophyton verrucosum. Devido ao estreito contato mantido entre os animais domésticos e os humanos, a dermatomicose destes animais representa importantes zoonoses. Esta doença tem distribuição mundial, sendo mais comum em locais de clima tropical e temperado, principalmente em regiões quentes e úmidas. Ataca diversas espécies de animais, como os bovinos, equinos, ovinos, suínos, cães, gatos, aves, animais silvestres e o homem. A forma mais comum de contaminação é através do contato direto entre animais infectados e animais sadios, no entanto os esporos dos fungos podem estar presentes em diversos locais, como cercas, cochos e postes. O período de incubação pode variar de uma a quatro semanas. As manifestações clínicas ocorrem geralmente na cabeça, pescoço e períneo e, caso não seja iniciado um tratamento adequado, pode se alastrar para outras regiões do corpo. As lesões se caracterizam por serem circulares, circunscritas, com diâmetro variando de 1 a 3 centímetros, podendo estar sem pelos ou com a presença de uma crosta acinzentada ou amarronzada como mostra as fotos deste postamento. Inicialmente, a superfície abaixo da crosta apresenta-se úmida e hemorrágica, mas após as crostas caírem à lesão apresenta-se seca e sem pelos. Geralmente, apenas os achados clínicos são suficientes para se obter um diagnóstico. No entanto, sua confirmação pode ser feita através de exames laboratoriais, como: raspado, biópsia ou cultura da pele. Quando se realiza o raspado de pele, este deve ser feito nos bordos das lesões e enviados ao laboratório em envelopes.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Cirrose hepática portal em suíno.
A etimologia da palavra é um pouco
controvertida que provém do grego kirrhos, que significa amarelo palha. Tem as
mais variadas causas. A hipertensão portal é definida como um aumento anormal
da pressão sanguínea na veia porta (a veia de grande calibre que transporta o
sangue do intestino ao fígado) e suas ramificações. A hipertensão portal pode
levar a um abdome inchado, ou seja ascite, desconforto abdominal, confusão e
sangramento no sistema digestório. A
etiologia também pode ser por deficiência
de substâncias dietéticas (proteínas) processo inflamatória obstrução biliar,
insultos tóxicos crônicos, alcaloides do grupo pirrolizipina, parasitos. Nesta
cirrose deste suíno ela foi classificada em portal, central ou cardíaca, levando,
portanto, a uma ascite como o próprio nome indica a origem de uma insuficiência
cárdica crônica. O aspecto macroscópico em grandes números de casos, o fígado
cirrótico apresenta um telhe inferior ao normal como mostra as fotos. O órgão
apresenta-se com volume inferior ao normal como dito, e endurecido, tornando-se
difícil a penetração do dedo através da capsula ou o corte do órgão. A cirrose
portal é das mais frequentes nos animais e corresponde quase sempre às formas
hipotróficas. O tecido conjuntivo neoformado vem a se localizar nos espaços
porta. Frequentemente se complica como neste caso aparecendo ascite, daí ser
também denominada ascitógena por alguns patologistas.
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