Trata-se de um dos mais importantes distúrbios circulatórios do fígado, muito frequente na espécie bovina, principalmente animais mais velhos. Consiste na dilatação de certo grupo de vasos sinusóides, em qualquer parte do lóbulo hepático; em virtude disso, aqueles sinusóides tomam aspecto cavernoso. Os hepatócitos, situados entre tais sinusóides dilatados, acabam por desaparecer. A olho nu, verifica-se que o fígado com telangiectasia apresenta, à superfície, manchas violáceas deprimidas, de contornos irregulares e com poucos centímetros de diâmetro como demonstra a fotografia ao lado. Se o órgão é cortado, verifica-se que tais manchas são encontradas também em seu interior. O processo não tem reflexos sobre a saúde do animal. O único significado da lesão é econômico, já que os fígados afetados são, sem razão confiscados, porém não considera-se aptos para o consumo. Sua etiopatogênia é obscura, e nenhuma das múltiplas teorias propostas para expressa-las resulta satisfatória. Autores americanos acham que tal lesão precede o aparecimento do "fígado recoberto de serragem". Autores ingleses julgam que a telangiectasia ocorreria nos animais que passam de regimes alimentares ricos (estábulo) para regimes mais pobres (pastos) .
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