Gangrena é uma invasão do tecido necrótico por bactérias saprófitas. A Etiopatogenia da gangrena seca é as mesmas da necrose, acrescidas de invasão bacteriana. Segundo o aspecto macroscópico a gangrena seca geralmente é observada nas extremidades, tais como crista, barbela, pés, focinho, cauda, pele, localização perianal e como demonstra a fotografia da bezerra mestiça ao lado no pavilhão da orelha. A outra fotografia mostra uma bezerra com o pavilhão da orelha sem a respectiva lesão. No caso específico da lesão na bezerra acima houve números incontáveis de picadas de abelhas, liberando, portanto nestas áreas grande quantidade de toxinas (apitoxina) provocando degenerações e posteriormente necrose que foi invadida por bactérias saprófitas, causando a gangrena seca em várias áreas nos animais, como cauda, e principalmente o pavilhão da orelha. Estas áreas mostraram-se seca e enrugada, devido à desidratação por evaporação. A cor das áreas afetadas pelas picadas das abelhas que eram em números incontáveis era de cor castanho-avermelhada, verde, cinza e negra. A gangrena seca progrediu ao longo das extremidades do pavilhão da orelha em direção proximal até o ponto onde houve circulação adequada e menor quantidade de veneno das abelhas para manter viva a área. Neste ponto apareceu então uma linha demarcatória nítida entre o tecido vivo e morto da orelha, onde desenvolveu intensa reação inflamatória, em que as defesas do corpo do animal tentaram evitar a invasão bacteriana. Ao longo desta linha de defesa, houve um acúmulo de macrófagos, neutrófilos, e outros leucócitos, além de tecido de granulação e enzimas líticas, os quais causaram liquefação do tecido morto ao longo da linha de defesa onde se deu a amputação espontânea da parte gangrenada. Em tempo quero agradecer aos meus dois amigos Thúlio e Thaísa do 6º período da Unipac de Uberlândia primeiro semestre do ano de 2012 por esta participação bastante ativa e valiosa nesta posta mento, assim como a doação destas maravilhosas fotografias das bezerras mestiças aqui citadas.
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