sábado, 31 de maio de 2014

Edema pulmonar macroscópico e microscópico.

O edema pulmonar aparece nas mais diversas circunstâncias. Observar o edema nas duas fotografias ao lado. As insuficiências cardíacas, sobretudo do coração esquerdo, e as nefrite são outras tantas causas do edema pulmonar; merecem ainda citação como causas deste edema o oxigênio em pressões excessivas, os cianeto, o fosgênio( gás de guerra),  a amônia e o antu (rodenticida). Os traumatismos cranianos, as queimaduras extensas da pele, as obstruções intestinais e a transfusão de sangue de cavalo no bovino(choque) constituem também causas do edema pulmonar. A agonia pode acompanhar-se de edema do pulmão, consequência da debilidade progressiva do coração no processo agônico. O pulmão, macroscopicamente, apresenta-se de cor mais clara, sua consistência é mais firme que a normal e dá impressão de fortemente expandido; seccionado, elimina líquido seroso arejado, que lembra a escuma de sabão. À docimasia hidrostática, os fragmentos do órgão flutuam. Microscopicamente as fibras do tecido aparecem dissociadas delimitando espaços mais amplo do que os normais e contendo o liquido edematoso nos espaços alveolares. 

Dictiocaulose bovina e suas manifestações macro e microscópicas.

É um tipo especial de pneumonia que apresentam caracteres especiais. Sua localização é na porção caudal dos lobos diafragmáticos. Há presença de parasitos nos brônquios como mostra a fotografia ao lado e bronquíolos causando bronquite. A obstrução parcial pode causar enfisema tipo cunha, e a obstrução total pode causar atelectasia.
Estes parasitos provocam nos bovinos a conhecida pneumonia por Dictiocaulose. Os Dictiocaules em sua fase adulta parasitam os pequenos brônquios, onde determinam, além de bronquites, enfisema, atelectasia e às vezes até mesmo broncopneumonias, estas sobretudo quando as condições de nutrição do animal são precárias. Os parasitos adultos que medem poucos centímetros de comprimento, são encontrados na luz de pequenos brônquios, de permeio ao edema pulmonar como demonstra a foto ao lado.
A presença do parasito nos pulmões determina uma irritação do epitélio das vias aéreas superiores, estimulando a produção de exsudato rico em eosinófilos, que levam ao broqueio dos brônquios, resultando em um processo de atelectasia dos alvéolos, principalmente na extremidade do órgão. Pode levar à serias complicações pulmonares como edema pulmonar, enfisema compensatório e bronquiectasia. Os sinais clínicos incluem respiração rápida e superficial, tosse constante, secreção nasal e temperatura elevada. O animal apresenta-se ativo, contudo, mostra dificuldade em se alimentar, devido aos distúrbios respiratórios. A evolução da doença é rápida e dentro de 24 horas, a dificuldade respiratória se torna bastante evidente.

 

Tuberculose hepática em equino e sua microscopia.

A tuberculose hepática no cavalo é mais rara que nos outros animais, mas o órgão mais freqüentemente acometido é o fígado como demonstrado nas duas fotografias ao lado. São quatro vias diferentes que a tuberculose atingir o fígado: onfalógena, portógena, linfógena e hematógenas.
Onfalógena: muitas vezes no potro a infecção tuberculosa atinge o fígado pela veia umbilical, mas os demais órgãos apresentam indene.
Portógena: animais com tuberculose intestinal apresentam freqüentemente lesões hepáticas, em virtude da propagação do processo do intestino ao fígado, através da circulação porta.
Linfógena: é de reduzida importância e consiste na infecção do fígado após lesão de seus linfonódios hilares.
Hematógenas: esta é a mais importante. O processo tem acesso ao fígado pela artéria hepática, que é a via habitual da infecção hepática nos animais adultos. Duas formas fundamentais de tuberculose são encontradas no fígado: a miliar e a nodular. A primeira se caracteriza pela disseminação, através do fígado, de nódulos do tamanho de um grão de milho ou menores e bem delimitados do parênquima vizinho. Entre cães e cavalos, a caseificação das lesões é em geral discreta. No cavalo não há sinais evidentes de caseificação, o que é devido ao carácter proliferativo da tuberculose dos equídeos. A macroscopia da tuberculose é geralmente de um nódulo firme ou duro, de cor brancacenta, cinzenta ou amarelada, de um milímetro a três centímetros de diâmetro. A superfície de corte é amarela, caseosa com centro necrótico, seco e sólido em contraste com o pus dos abscessos. É comum a mineralização e ao corte um tubérculo tem-se a sensação de areia e um som peculiar que indica a presença de material calcário.
Microscopicamentea estrutura do tubérculo é constituída de: Três elementos principais:
A) células gigantes tipo Langhans, geralmente na parte central da lesão.
B) células epitelióides que se localizam em torno das células gigantes.
C) pequenos mononucleares (linfócitos e plasmócitos), por fora da camada de células epitelióides ou se infiltrando entre estas.                                                  





domingo, 11 de maio de 2014

Trombose fibrinosa no brônquio de um cão.

Trombose é a solidificação do sangue no interior do sistema circulatório durante a vida. O trombo é o corpo sólido assim formado. A sua etiologia esta relacionada com uma lesão endotelial de vasos retardamento do fluxo sanguíneo (mais em veia que nas artérias), e alteração do sangue (injeção, infecção, transfusão. A sua localização é em qualquer parte do sistema circulatório. Geralmente ficam aderidos a um ou mais pontos da parede dos vasos. Neste postamento estamos deduzindo que este trombo seja de origem da endocardite vista na valva mitral do coração, basta olhar a fotografia do coração do mesmo animal. Macroscopicamente esta endocardite valvar apresentava-se como nódulos   milimétricos de coloração avermelhada, seco, duro, não elástico, friável, rugoso, áspero, aderente à válvula mitral e quando removido do local deixava erosão, portanto totalmente diferentes dos coágulos. A característica microscópica no brônquio em um corte mostra uma trama de material esbranquiçado róseo granuloso parcialmente circundado por um coágulo de fibrina contendo hemácias e leucócitos. Olhar fotografia da microscopia deste postamento.     

sábado, 10 de maio de 2014

Abscessos cutâneos em bezerro de quatro meses de idade.

Abscesso é um processo inflamatório cronico supurado encapsulado. Estes tipos de abscesso são extremamente comuns principalmente os de origens às infecções umbilicais, que podem também desenvolver artrites e estes abscessos múltiplos do sistema tegumentar cutâneo são denominados vulgarmente "polmões". Nestes casos os representantes dos gêneros Corinebacterium e Pasteurela, bem como a Escherichia coli são os principais agentes incriminados. Estas fotografias deste bezerro de 04 meses foram gentilmente cedidas pelo nosso amigo o acadêmico Sinomar formando da Unipac sede em Uberlândia, que sempre ajudou muito e incentivou este modesto blog, que na oportunidade agradecemos.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Pneumonia supurada em camundongo.

Também denominada supurativa. Aqui o elemento principal que observou-se foi o pus sobre a forma de nódulos de abscessos de tamanhos milimétricos até um centímetro de diâmetro como demonstrado nas fotos ao lado. Estes abscessos eram circunscritos por uma parede de capsula de tecido fibroso que representava a membrana piogênica separando do tecido pulmonar ao lado ainda integro. As causas mais comuns são as bactérias, particularmente as piogênicas como estafilococos, estreptococos e Corinebacterium. Estas fotografias foram tiradas por duas funcionárias do laboratório da da universidade da Unitri sede Uberlândia, que são as Sandra e Michele as quais agradecemos.