quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Necrose pancreática.

É também denominada esteatonecrose da gordura pancreática, sendo muito frequente. Por estestonecrose entende-se um processo patológico dos tecidos gordurosos em que possivelmente por ação de enzimas,a gordura de tais tecidos é desdobrada em ácidos graxos e glicerina. A esteatonecrose é descrita no cão, no suíno, no bovino, no ovino, no equino no felino e na galinha; pode ser consequência da decomposição das gorduras peritoneais pelo suco pancreático, desde que haja condições que possibilitem seu extravasamento na própria glândula pancreática. O refluxo de tal secreção é observado na colelitíase, em que os ductos pancreáticos são comprimidos pelos cálculos biliares. No cão, frequentemente se consegue estabelecer relação entre a esteatonecrose peritoneal e seu comprimento, tal como existe no homem. Para a explicação desses casos, aventa-se a hipótese da formação de fermentos lipolíticos pelas próprias células gordurosas. Outros autores pensam na possibilidade da ingestão de substâncias com propriedades lipolíticas nos alimentos vegetais. Na espécie bovina, a esteatonecrose às vezes é encontrada em animais estéreis (Hagan; Andrade dos Santos e Fonseca Xavier). A esteatonecrose manifesta-se por focos turvos e opacos, brancos ou branco-amarelados, semelhante a pingos de chama de vela, veja a foto acima, cujo tamanho atinge o de uma ervilha ou ainda maior. No suíno, no bovino e no ovino são em geral muito extensas as lesões.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Cálculo biliar no cão

 
Colelitíases é a nomenclatura dada à formação de cálculos na vesícula biliar. E ocasionalmente, nos ductos biliares. Estes cálculos são chamados colélitos e constituem achado relativamente raro em animais domésticos. Parece serem menos raros em bovinos do que em outros animais. Já foram relatados em galinhas e nos ductos biliares de cavalo. Seu tamanho pode variar d grão de areia a ovo de galinha e quanto ao número podem ser únicos como o deste posta mento ou múltiplos. A explicação para a sua extrema raridade em cães e sua ocorrência em bovinos provavelmente reside em diferenças na constituição química da bile destes animais. Uma das diferenças importantes da bile é que a fração de ácidos graxos saponificáveis é relativamente alta em cães, ao passo que nos bovinos e suínos é baixa em comparação a fração de colesterol não saponificável. Se os ácidos graxos não podem manter o colesterol em solução, formam-se cálculos biliares. Quanto à composição química dos cálculos conhecem-se três tipos de colélitos: Cálculos de colesterol que são grandes, brancos, leves, contendo cristais brilhantes de colesterol, radialmente arranjados. Alguns são levemente untuosos ao tato e flutuam na agua; O segundo tipo é também chamado de cálculo pigmentar, tem como principal componente a bilirrubina precipitada e seca. Estes cálculos são de cor preta, friáveis, como neste caso. O terceiro tipo de cálculos são mais pesados, estratificados, compostos por carbonato e fosfatos de cálcio. Geralmente os cálculos biliares não são puros e compõem-se destas três substancias. A etiologia da colelitíases dos animais é infecciosa, isto é, a Colecistite é o seu principal fator. Macroscopicamente os cálculos biliares tem cor variável de amarelo a castanho, são leves, algumas vezes frágeis, concentricamente laminados e frequentemente facetados. Estes cálculos biliares podem obstruir as vias biliares e causar estase biliar como observou-se neste caso, e causar icterícia obstrutiva e às vezes ruptura da vesícula.