Colelitíases é a nomenclatura
dada à formação de cálculos na vesícula biliar. E ocasionalmente, nos ductos
biliares. Estes cálculos são chamados colélitos e constituem achado
relativamente raro em animais domésticos. Parece serem menos raros em bovinos
do que em outros animais. Já foram relatados em galinhas e nos ductos biliares
de cavalo. Seu tamanho pode variar d grão de areia a ovo de galinha e quanto ao
número podem ser únicos como o deste posta mento ou múltiplos. A explicação
para a sua extrema raridade em cães e sua ocorrência em bovinos provavelmente
reside em diferenças na constituição química da bile destes animais. Uma das
diferenças importantes da bile é que a fração de ácidos graxos saponificáveis é
relativamente alta em cães, ao passo que nos bovinos e suínos é baixa em
comparação a fração de colesterol não saponificável. Se os ácidos graxos não
podem manter o colesterol em solução, formam-se cálculos biliares. Quanto à
composição química dos cálculos conhecem-se três tipos de colélitos: Cálculos
de colesterol que são grandes, brancos, leves, contendo cristais brilhantes de
colesterol, radialmente arranjados. Alguns são levemente untuosos ao tato e
flutuam na agua; O segundo tipo é também chamado de cálculo pigmentar, tem como
principal componente a bilirrubina precipitada e seca. Estes cálculos são de
cor preta, friáveis, como neste caso. O terceiro tipo de cálculos são mais
pesados, estratificados, compostos por carbonato e fosfatos de cálcio. Geralmente
os cálculos biliares não são puros e compõem-se destas três substancias. A
etiologia da colelitíases dos animais é infecciosa, isto é, a Colecistite é o
seu principal fator. Macroscopicamente os cálculos biliares tem cor variável de
amarelo a castanho, são leves, algumas vezes frágeis, concentricamente
laminados e frequentemente facetados. Estes cálculos biliares podem obstruir as
vias biliares e causar estase biliar como observou-se neste caso, e causar
icterícia obstrutiva e às vezes ruptura da vesícula.
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