Endocardites
geralmente não são primarias, mas decorrentes de outros processos onde a etiopatogenia
relaciona-se com germes como estreptococo, estafilococos, Erisipelotrix e
corinobacterium. Deve-se ressaltar que as endocardites geralmente não são
primárias, mas sim decorrentes de um outro processo. Quanto à localização podem
ser valvulares (nas valvas), murais ou parietais localização nas paredes). A
localização mais frequente é nas valvas mitrais, o que se explica pelo maior
volume de sangue que passa pelo ventrículo esquerdo e pela sua maior pressão,
provocando uma irritação e posterior instalação da bactéria que se encontra no
sangue. É interessante assinalar que nos bovinos a maior incidência de
endocardite é na tricúspide, não se sabendo a explicação pra esta diferença de
localização. Macroscopicamente são nodulações geralmente amareladas ou
acinzentadas ou avermelhadas, ricas em fibrina, rugosas e friáveis. A correlação
clinico patológica está no desprendimento de fragmentos de uma lesão
trombótica-embolia-enfarte se o embolo é asséptico ou inflamação metastática se
é séptico. A massa trombótica pode também provocar estenose ou insuficiência,
portanto dilatação e hipertrofia câmara cardíaca. A endocardiose é um processo
degenerativo crônico das valvas cardíacas ou do endocárdio valvar ou
ventricular ou atrial que no cão tem uma etiopatogenia relacionada com intoxicação crônica pelo
cloreto de sódio ou sal de cozinha, onde as lesões são de aspecto nodulares
brancacentos duros e não friáveis ou quebradiços diferenciando portanto das
endocardites que são processos inflamatórios agudos ou crônicos também
nodulares friáveis ou quebradiços. Observa-se aqui fotos em cães, suínos e bovinos.
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