quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Diagnostico histopatologico da raiva canina
À necropsia de cães mortos pela
raiva, a presença de corpos estranhos não alimentares no sistema digestivo,
tais como pedaços de madeira e de pedra, entre outros, é um achado de certo
valor. É mais frequente nas formas furiosas da doença como mostra a foto do que
nas manifestações mudas, e resulta da chamada alotriofagia, isto é, tendência
patológica do animal em ingerir corpos estranhos, geralmente causada por
distúrbios psíquicos da encefalite rábica. A raiva é uma encefalomielite aguda
causada por um vírus. É uma enfermidade natural dos cães, gatos, morcegos e
carnívoros selvagens. É transmitida de animal a animal por meio de mordedura,
que introduz saliva onde está o vírus, que pode estar presente e ser
transmitido por um animal infetado vários dias antes do começo dos sinais
clínicos. O período de incubação é variável, porém em geral oscila entre 15 a
60 dias. Esta enfermidade não tem lesão macroscópica a não ser hiperemia como
mostra a foto do encéfalo e os sintomas são de doenças do sistema nervoso central.
O animal suspeito clinicamente de raiva jamais deve ser sacrificado, e deve-se
esperar a morte natural acontecer pelo menos por três semanas. O animal
morrendo deve-se fazer a necropsia e coletar cérebro, cerebelo, gânglio
trigeminal e corno de Amon na espessura de 0.5 a 1cm e acondicionar em frascos
de boca larga em formol tamponado neutro a 10%. O volume do formol deve ser no
minimo 10 vezes o volume dos fragmentos e preferência preencher todo o frasco.
As fotos mostram um cão com midríase no interior de uma kombi, hiperemia do
encéfalo, e um corte histopatológicos do cerebelo mostrando o corpúsculo de
Negri que é uma lesão histopatológica patognomônica da raiva.
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