sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Icterícia


 Icterícia é então uma condição patológica em que há uma quantidade excessiva no sangue circulante ou de hemobilirrubina ou de colebilirrubina. Esta quantidade excessiva de pigmento biliar cora os tecidos em amarelo (Veja fotografias al lado). Uma classificação racional das icterícias é baseada nas relações da bilirrubina com as células hepáticas. A alteração responsável pela icterícia pode ocorrer antes, durante ou depois da bilirrubina ter passado pela célula hepática, resultando daí: Icterícia hemolitica, icterícia tóxica e icterícia obstrutiva. As duas primeiras formas são geralmente agrupadas como icterícia por retenção, isto é, as células hepáticas são incapazes de excretar toda a bilirrubina acumulada no sangue. Existem uma série de causas que determinam a icterícia hemolitica como: Piroplasmose, anaplasmose, leptospirose, anemia infecciosa dos equinos, estreptococos hemolíticos, bacilos antracis, clostridium hemolyticum, etc;Substâncias químicas, nas intoxicações cronicas por veneno de cobras, e grandes hemorragias, etc. Nas icterícias tóxicas ou intra hepáticas a alteração responsável esta na célula hepática ou nos canalículos biliares intercelulares. Na etiologia da icterícia tóxica  esta as degenerações, frequentemente acompanhadas de inflamação. Entre as causas infecciosas principais destaca-se a leptospirose e a hepatite contagiosa dos cães. Entre os agentes químicos citam-se: fósforo, tetracloreto de carbono, arsênico, chumbo e as intoxicações cronicas pelo cobre, e também de tóxicos de plantas do gênero Senecio. Dentre os agentes etiológicos da icterícia obstrutiva os mais comuns são: Bloqueio dos canalículos biliares por aumento de volume dos hepatócitos; Obstrução dos ductos biliares e vias biliares extra hepáticas por parasito, tais como Ascaris lumbricoides, Stephanurus dentatus, Fasciola hepática, etc; Compressão sobre os ductos biliares por tecidos fibrosos, como nos casos de cirrose e nódulos parasitários; Colangites, neoplasias, granulomas abcessos,  cálculos biliares, duodenites, etc. Deve-se ressaltar o agradecimento ao 5º Período de Medicina Veterinária Turma 11 da Unipac unidade de Uberlândia que elaboraram esta necropsia e as fotos desta alteração.

4 comentários:

  1. Ola professor,

    Bela foto...fica claro o grau intenso de icterícia nos tecidos...Gostaria de colaborar com este post...em casos de anemia hemolítica do equino recém-nascido, anticorpos maternos anti-eritrocitários são absorvidos do colostro, se ligam às hemácias do potro, iniciam a lise destas células por meio da ativação do sistema Complemento e finalmente o animal também desenvolve ictericia do tipo pré-hepática. Como os equinos nascem sem anticorpos circulantes, uma das formas de evitar a doença hemolítica dos potros, é preciso utilizar o colostro de outra égua, desde que não existam os mesmos anticorpos anti-hemácia...Abs, Álvaro

    ResponderExcluir
  2. Ok meucaro amigo e professor Álvaro. É uma bela colaboração mostrando mais uma vez que todo trabalho é benção de Deus para quem o realiza. Esta sua observação é nobre, pois foi operada em homenagem ao excelso bem para todos nós, inclusive para o próprio potro que utilizará o colostro da Boaadrasta égua. Obrigado. Abraços. Fique com Deus. Fui.

    ResponderExcluir
  3. Muito explicativo. Como é o tratamento nestes casos?

    ResponderExcluir
  4. Este tratamento vai depender do tipo de ictericia e das suas respectivas etiologias. Felicidades, obrigado e fique com Deus. Fui...

    ResponderExcluir