Também denominada anemia dos leitões é uma deficiência de ferro, e como este metal participa da estrutura da hemoglobina, a sua deficiência pode causar anemia. Esta alteração é rara entre outros animais, mas podendo ocorrer nos suínos. Esta doença aparece em ninhadas de leitões que vivem em pocilgas de cimento, sem acesso à terra. A deficiência ocorre nas primeiras semanas de vida do animal, principalmente naqueles de rápido crescimento visto que as necessidades mínima de ferro de que necessita não encontra no leite, achando-as, entretanto no solo. A anemia é do tipo hipercrômico e microcítica. Como alterações à necropsia observa-se as mucosas visíveis pálidas, hepatomegalia e órgão pálido, sendo que este órgão pode ainda demonstrar manchas que correspondem a focos de hematopoiese. Pode ser observado também hidropericárdio, esplenomegalia e edema pulmonar, sendo que às vezes poderá observar complicações secundárias, como pneumonias e enterites.
terça-feira, 26 de março de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
Postura abdominal em ave.
Nas aves a postura abdominal foto ao lado é acidente muito comum. Este fato se dá
pela não expiração do ovo através da extremidade cranial do oviduto ou pela
ocorrência de movimentos antiperistálticos no oviduto, ou mesmo pela ruptura
deste. O fenômeno ocorre em períodos de alta postura. As galinhas afetadas
mostram o abdome fortemente distendido alcançando praticamente o solo. Outro
acidente comum é a ruptura da gema na cavidade abdominal em consequência dos
toques digitais para a evidenciação da postura eminente ou das lesões ovarianas
na peste aviária ou influenza aviária ou na pulorose. Na pulorose a postura
abdominal é também observada e esta ligada a disfunção do ovário e do oviduto
as quais ocorrem na salmonelose. Na ruptura intraperitonial do ovo a gema
se dispõe como uma substância amarela que cora toda a cavidade. As galinhas na
época da postura ou no pico de sua produção podem aparecer bastante arrepiadas,
apáticas no galpão ou no ninho, olhos semicerrados. Fazendo suavemente uma
palpação leve na região abdominal da ave, próximo da cloaca, pode se perceber o
ovo como que atravessado. Neste caso muitas são as etiologias: como infecções
do oviduto, deficiências minerais que impedem a perfeita mineralização dos
ovos. Ovos anormais, problemas hormonais, principalmente com o hormônio que
estimula as contrações musculares do oviduto, obesidade, fêmeas muito jovens ou
muito velhas, queda brusca da temperatura durante a noite, fraqueza das pernas
ou paralisia do oviduto e ovos de casca mole ou porosa. Quero agradecer ao meu amigo Sinomar Rodrigues de Moraes acadêmico do quinto período do primeiro semestre de 2013 do curso de Medicina Veterinária da Unipac por ceder-nos a fotografia e liberar seu posta mento.
sábado, 9 de março de 2013
Bouba aviária ou varíola aviária
Sinonímia:
pústula epizoótica, epitelioma contagioso das aves, molusco aviário, difteria
das aves, e pipoca.
Etiologia: O
agente é o vírus do gênero Avipoxvirus, que também afeta perus, pombos,
pássaros, marreco, patos, gansos, entre outros. As aves são suscetíveis em
qualquer idade, e podem contrair a infecção por contato viral direto. O vírus
pode vir de outra ave ou mosquito, sendo necessário apenas uma solução de
continuidade na pele para transmitir a doença.
O vírus ataca qualquer idade,
porém aves adultas são menos susceptíveis.
A bouba ocorre com mais
freqüência nas épocas quentes e chuvosas, principalmente em locais próximo à
água parada, devido muito mosquito serem transmissores da doença, vulgarmente
conhecida também como pipoca ou caroço.
Lesões: Há
aparecimento de uma erupção cutânea ou nódulos com aspecto de verruga nas áreas
sem penas do corpo como mostra as fotografias ao lado. Pode haver formação de membranas difteroides na boca e esôfago.
As lesões assentam de
preferência na cabeça como na foto, porém podem também formar-se nas pernas e pés, e ao
redor da abertura cloacal.
No início os nódulos se apresentam
em forma de focos pequenos brancacentos, que crescem rapidamente e se tornam
amarelados.
Em alguns casos as lesões
próximas coalescem para formar lesões maiores que são ásperas e de coloração
acinzentada. As lesões eruptivas das mucosas esofágicas são nódulos brancos, opacos,
ligeiramente proeminentes, que podem crescer rapidamente e formar uma
substância amarelada, caseosa necrótica com aspecto de uma pseudo membrana que
deixa erosivo o local provocando hemorragia.
Vacinação de matriz e avós.
Primeira vacinação: Usar amostra suave (vírus pombo adaptado ao embrião).
Aplicar ½ dose da vacina por ave
junto com a vacina de Marek no incubatório. Retirar 5 a 10 ml do diluente da vacina de
Marek e com ele diluir a vacina de bouba,
Recolocando-o novamente no
frasco, após completa dissolução.
Segunda vacinação: usar amostra
cepa forte (vírus galinha). Fazer na membrana da asa às oito semanas de vida no galpão.
Nota: O pinto de corte
logicamente vem vacinado do incubatório juntamente com o Marek no primeiro dia
de vida.
Vacinação em aves caipiras: Usar primeira vacinação usando vacina cepa fraca na membrana da asa no primeiro dia de vida. Não tem necessidade de outra vacinação. Quero agradecer ao casal Maria Edite e Rogério pelas fotos a nós cedidas para este posta mento.
Toxoplasmose ocular em ave
A toxoplasmose é uma protozoose infecciosa de prevalência extremamente alta em todo o mundo, podendo ser de origem congênita ou adquirida. O seu agente causador é o Toxoplasma gondii. Ocorre no homem, animais de estimação e produção incluindo caprinos, suínos, gatos e como mostra a fotografia em aves. Os sinais clínicos incluem anorexia, edemaciação, palidez, queda na produção de ovos, e fezes esbranquiçadas. O curso da doença pode ser rápido ou prolongado e é freqüentemente fatal. O toxoplasma só pode reproduzir-se se as formas excretadas nas fezes dos gatos forem ingeridas pelos animais.
O diagnóstico é feito e confirmado pelo isolamento e cortes histopatológicos. As formas ou estágios do T. gondii encontra-se em cistos crônicos principalmente no cérebro, fígado, musculatura cardíaca e esquelética e no olho nesta forma cronica fibrosante como demonstra as fotos ao lado. Estas fotos foram tiradas em uma fazenda denominada Fazenda Veredas de propriedade do casal Maria Edite e Dr. Rogério Rufino, casal este que muito lhes devo pelo incentivo diuturno de minha vida particular e profissional.
Ferimento da pele de uma bezerra com fratura da costela
As fraturas na cavidade torácica são bastante incidentes em bovinos, principalmente oriundas de traumas durante o manejo ou permanência dos animais nos pastos. A foto ao lado mostra uma lesão perfurante provocada por um objeto pontiagudo que atravessou a pele e os tecidos adjacentes inclusive quebrando uma costela chegando a atingir o rumem do animal. Devido à contaminação por bactérias na profundidade da lesão são frequentes as infecções e aparecimento de tétano, e por isso é necessário especial cuidado na limpeza dessas lesões, e o animal deve receber um reforço vacinal para o tétano. Nesta lesão como houve comprometimento torácico não deve-se alimentar e nem fornecer água para o animal, já que ele deve ser sujeito o mais rápido possível a um procedimento cirúrgico. Quero agradecer meu grande amigo acadêmico do sétimo período da Unipac de Uberlândia pela foto e o respectivo posta mento.
Ferimento por arame liso em uma potra de 3 meses.
Hoje
em dia no Brasil o arame farpado já possui fama de perigo iminente para cavalos
e nem mesmo se admite a hipótese de usa-lo como cercamento. Entretanto faz-se
necessário desmitificar o perigo atribuído a estas cercas, referentes aos
acidentes ocorridos com animais ver fotografia ao lado. Muitos ainda hoje acreditam que o arame
farpado é o cercamento mais agressivo aos cavalos. Mas até que ponto isso é
verdade. A possibilidade de um acidente em uma fazenda esta sempre presente,
seja qual for o tipo de cerca. Porém, as consequências dos ferimentos
ocasionados pelo arame farpado tem-se provado estatisticamente, menos drásticas
do que as do arame liso, nas mesmas condições de perigo de manutenção. O arame
farpado que espeta o animal ele respeita mais que o arame liso, porque este não estimula tanto medo, pois o animal não tem tanta sensibilidade como no arame liso, portanto o animal psicologicamente tem mais medo do farpado. O arame liso solto
e sem balancins torna-se perigo verdadeiro para o cavalo. Por não possuir as
farpas, o arame liso desliza solto pelo couro do cavalo, podendo ocasionar
cortes rápidos contínuos e profundos,
podendo levar a rompimento de tendões,
de ligamentos e outros ferimentos que podem deixar sequelas. Com o arame
farpado por mais que o cavalo se enrosque e luta para se ver livre o arame não
consegue penetrar tão profundamente. Os principais acidentes com cerca ocorrem
geralmente por descuido, falta de manutenção e manejo incorreto. As partes mais
atingidas são as pernas, mas a foto mostra uma lesão em nível da cabeça com recuperação cirúrgica
Higiene diária é o fator isolado mais importante para promover uma boa
cicatrização dos ferimentos. Isto inclui a limpeza com água e sabão e uma suave
desinfecção. Deve-se fazer a tricotomia dos pelos da região do ferimento. Não
se deve deixar passar mais de cinco horas após o acidente para se elaborar a
sutura da pele para promover uma boa cicatrização. As crostas dificultam a cicatrização, e
aumenta as condições de anaerobiose. Nunca fazer curativos por cima das crostas.
Sempre usar faixas sobre o ferimento para evitar contaminação e principalmente
habronemose que os equinos são bastante susceptíveis. Aconselha-se um reforço
vacinal contra o tétano. Quero agradecer as fotos deste posta mento enviadas
pelo acadêmico do sétimo período da Unipac Uberlândia primeiro semestre do ano de
2013 o meu grande amigo Clayton Garcia.
Prolapso uterino em uma vaca mestiça
O
prolapso do útero como mostra a fotografia é bastante frequente nos ruminantes
e excepcionais em outras espécies. As causas predisponentes na vaca são, sobre
tudo, as associadas com hipotonia uterina e também com disritmia das contrações
de involução. Entre as circunstâncias predisponentes mais usuais na vaca se
encontram a distopia com a tração forçada do feto, a retenção de placenta e a
hipo calcemia pós-parto. O prolapso do
útero geralmente ocorre dentro de poucas horas após o parto, quando a cérvix esta aberta e o útero perdeu o tono. O prolapso geralmente é completo e a massa
do útero geralmente pende por baixo dos jarretes do animal afetado. Nas vacas o
tratamento envolve a remoção da placenta (se ainda estiver presa) como neste caso e a limpeza
completa da superfície endometrial. Retorna-se então o útero para a sua posição
normal por um de vários métodos. Primeiro deve-se administrar uma anestesia. Se
a vaca ficar de pé, deve-se limpar o útero, eleva-lo ao nível da vulva sobre
uma bandeja (ou por meio de uma maca segura por dois assistentes) e então
coloca-lo por meio da aplicação de uma pressão anterior firme começando na
porção cervical e progredindo gradualmente para o ápice. Uma vez recolocado o
útero, deve-se inserir a mão na extremidade de ambos os cornos uterinos para se
certificar de que não haja uma invaginação remanescente. Se a vaca ficar em
decúbito, deve-se posicioná-la com os quartos posteriores elevados para
movimenta-la para uma área inclinada ou para coloca-la em decúbito esternal com
as patas traseiras estendidas para trás. O prognóstico depende do grau de lesão e de
contaminação do útero. A reposição imediata de um útero limpo e minimamente
traumatizado permite um prognóstico favorável. Em alguns casos, a bexiga e os
intestinos podem prolapsar no útero invertido como neste caso. Isto requer uma
recolocação cuidadosa antes da recolocação do útero. Pode-se drenar a bexiga
com um cateter ou uma agulha através da parede uterina. Pode-se tornar
necessária a incisão do útero para se recolocarem esses órgãos. Na vaca, a
amputação do útero severamente traumatizado ou necrótico pode ser o único meio
de salvação do animal. O tratamento de suporte e a antibioticoterapia são
indicados. Os pólipos uterinos podem
dar origem à prolapso uterinos na cadela. Em algumas espécies só sofrem
prolapso uterinos previamente gestantes. As sequelas patológicas do prolapso
são comparáveis com as da invaginação intestinal, com o trauma como fator
complicante. A congestão e o edema são
seguidos de hemorragia, e necrose, e posteriormente gangrena. A ruptura uterina
pode dar-se espontânea, porém em geral
resulta da manipulação obstétricas. Quero
agradecer a este posta mento ao colega da graduação da Unipac Uberlândia o
acadêmico Clayton Garcia atualmente cursando o sétimo período responsável pelas fotos e as
dicas deste posta mento.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Edema da região escrotal de um cão de rua.
No animal sadio o teor de líquido tecidual é mais ou menos constante. Em condições patológicas como o desta fotografia o teor destes líquidos aumentam causando este edema observado na região escrotal deste animal de rua. Em se tratando do caso da foto parecia tratar de um traumatismo nesta região. Sabe-se que os edemas podem ser inflamatórios ou não inflamatório. Neste caso parecia ser não inflamatório. Como era um cão de rua sem nenhum histórico observou-se ao
exame clínico esta tumefação de vários centímetros na região escrotal bastante difusa com exposição do pênis também edemaciado. Esta área edemaciada apresentava uma coloração enegrecida e discretamente avermelhada sugestiva de ter ocorrido ali algum traumatismo. Este local edemaciado afundava-se quando fazia pressão digital sobre a mesma, deslocando o líquido para os espaços teciduais adjacentes, e quando retirado o dedo a depressão permanecia por alguns instantes até que dava-se o retorno do líquido deslocado sugerindo então a característica macroscópicas de um edema. Toda esta área edemaciada à palpação apresentava-se fria não observando os pontos cardinais de uma inflamação sugerindo então um edema não inflamatório. Quero agradecer meu colega e acadêmico Clayton Garcia da Unipac sede Uberlândia pelo envio das excelentes fotografias possibilitando e autorizando esta postagem e esmolando para ele e toda a sua família muita paz e harmonia.
exame clínico esta tumefação de vários centímetros na região escrotal bastante difusa com exposição do pênis também edemaciado. Esta área edemaciada apresentava uma coloração enegrecida e discretamente avermelhada sugestiva de ter ocorrido ali algum traumatismo. Este local edemaciado afundava-se quando fazia pressão digital sobre a mesma, deslocando o líquido para os espaços teciduais adjacentes, e quando retirado o dedo a depressão permanecia por alguns instantes até que dava-se o retorno do líquido deslocado sugerindo então a característica macroscópicas de um edema. Toda esta área edemaciada à palpação apresentava-se fria não observando os pontos cardinais de uma inflamação sugerindo então um edema não inflamatório. Quero agradecer meu colega e acadêmico Clayton Garcia da Unipac sede Uberlândia pelo envio das excelentes fotografias possibilitando e autorizando esta postagem e esmolando para ele e toda a sua família muita paz e harmonia.
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