É uma alteração patológica muito
frequente nos grandes animais, porém pouco comum nos cães e gatos. Ela quanto
ao exsudato pode ser serosa, serofrinosa, purulenta e hemorrágica, podendo estar
localizada ou mais ou menos generalizada. Quando localizada recebe as seguintes
denominações: epiploidite se localiza no epíploo; mesenterite, se no
mesentério; peri hepatite se na cápsula hepática, peri esplenite se na cápsula
do baço; perimetrite se no perimétrio; peri gastrite se na serosa gástrica e
peritiflite, se na serosa do ceco. A diferenciação do tipo e distribuição pode
supor de certo modo, a sua causa e origem. A maioria dos casos das peritonites
é produzida por bactérias e suas toxinas, algumas por infestação de helmintos e
poucas são de origem vírica ou química. A peritonite por bílis é intensa,
colapsam-te e às vezes rapidamente fatal. A peritonite por necrose pancreática
é aguda e bastante comum em cães. A reação ao redor do pâncreas, praticamente
em sua cabeça, é liquefativa ou purulenta, e o exsudato pode ser de uma
tonalidade apagada lembrando o chá de mate no omento menor, no pâncreas, fígado
e outros órgãos adjacentes como demonstra discretamente as fotografias desta
necropsia. Esta reação peritoneal local se resolve completamente quando o
animal sobrevive, só persistindo pequenas aderências. Esta peritonite fibrinosa
também denominadas secas, pois seu exsudato tem caráter sólido. Há uma deposição
de fibrina sob a forma de filamentos avermelhados ou amarelados na serosa como
demonstra as fotografias ao lado e abaixo. A fibrina quando retirada, verifica-se que a
serosa esta opaca, turva, avermelhada com petéquias. O processo nem sempre é puramente fibrinoso, e as fibrinas se associam muitas vezes exsudações serosas ou
hemorrágicas (peritonite fibrino serosas ou fibrino hemorrágica). Na
sintomatologia clinica observa-se dor abdominal intensa. O animal pode ter
andar rígido. A temperatura é alta. A anorexia é constante e os cães podem
produzir vômitos. Macroscopicamente observa-se a perda de brilho da serosa
peritoneal, e a presença de uma membrana brancacenta ou amarelada de material
fibrinoso como mostra as fotos. Esta necropsia foi elaborada pela residente em
patologia da Universidade Federal de Uberlândia a Médica Veterinária Nicole
Pereira Soares a qual quero agradecer por este posta mento e esmolar a Deus
muita paz, harmonia e felicidades hoje, amanhã e porque não por toda a
eternidade para ela e seus familiares. Obrigado e fique com Deus. Fui...
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Estomatite necrótica em bezerro.
Esta nomenclatura se usa para descrever qualquer enfermidade ou lesão geralmente associada ao Sphaerophorus necrophorus. Pode incluir aqui a difteria do bezerro. Este germe é parte da flora normal da cavidade oral, do trato intestinal e genital de muitos herbívoros, e esta difundido no meio ambiente.Portanto a etiologia da necrobacilose é o Sphaerophorus necrophorus também denominado Fusobacterium necrophorus. Pode afetar a laringe (laringite necrótica) ou a cavidade oral (estomatite necrótica), caracterizada por febre e ulceração, assim como edemaciação das estruturas comprometidas. Geralmente afetam bezerros com menos de três meses de idade. Este animal tem dificuldade de mamar, o apetite esta deprimido e pode apresentar hipertermia em torno de 40ºC. O desenvolvimento da doença pode ser curta, morrendo o bezerro não tratado de toxemia e pneumonia no prazo uma semana. As lesões são ulceras necróticas de profundidade variável nas membranas da mucosa oral como mostra a fotografia ou faringiana. É comum se produzir membranas cuprosas ou diftéricas. As partes mais afetadas com maior frequência são a língua, particularmente suas bordas, os lábios e o revestimento da laringe. Em caso mais graves estas lesões se estendem a cavidade nasal, laringe, traqueia e inclusive pulmão. Em relação a profilaxia e tratamento deve-se separar os animais afetados dos sãos. Fazer limpeza e desinfecção do curral. Para o tratamento pode-se recomendar uma terapêutica de sulfonamidas e antibióticos.
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