quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Parvovirose em um cão jovem
A parvovirose canina pode ser conceituada como doença
infecto contagiosa, de alta morbidade e mortalidade variável, que acomete
somente canídeos, principalmente os mais jovens. Clinicamente pode
manifestar-se por diarreia aguda severa ou, por miocardite com morte súbita do animal
nas primeiras semanas de vida. Como não há tratamento especifico, o melhor que
se pode fazer é estar ciente da natureza destrutiva da doença, reconhecendo
seus sinais clínicos, tratar de casos individualmente, de maneira como eles se
apresentarem, e tentar impedir a disseminação da virose. A etiologia como o
nome indica é viral. Os sintomas aparecem nos três primeiros dias inicialmente
nota-se desanimo e prostração do animal, seguidos de anorexia, que é
geralmente, o primeiro sintoma observado pelo seu dono. Logo após aparece os
primeiros vômitos e depois de 6-12 horas surge a diarreia, a qual está presente
em 100% dos casos, podendo haver um aumento discreto da temperatura, e a
desidratação e perda de peso são evidentes. Na verdade o animal que consegue
superar o 4º dia de curso da enfermidade tem grande chance de se recuperar,
principalmente se for feita terapia hídrica. Os linfonodos superficiais,
principalmente os cervicais, e amígdalas, estão discretamente aumentados. Pode
haver intensa hiperemia da conjuntiva. Macroscopicamente à necropsia as lesões
dependem da severidade da contaminação, do estágio da doença, e também da
intervenção de cofatores do poder patogênico do vírus. Nesta necropsia foi
observado desidratação, edema de córnea e mucosa discretamente hiperêmica com a
carcaça do animal magra e desidratada. O estomago com sua serosa pálida, e sua mucosa
discretamente edematosa e com conteúdo mucoso. A serosa intestinal estava
parcialmente coberta por um exsudato fibrinoso, com aspecto enrugado,
ligeiramente granular e inelástico. A mucosa intestinal apresentava um exsudato
muco catarral discreto, avermelhada e discretamente misturado com sangue com
restos de mucosa. A congestão era evidente. Os linfonodos mesentéricos como
mostra as fotos estavam aumentados de volume e edematosos, deixando fluir
liquido ao corte. Observou-se um miocárdio esbranquiçado irregularmente como
mostra a foto do coração.
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Top nelsao! Abraços! Maikon Vieira
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