quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Cirrose hepática em bovinos

A etimologia da palavra cirrose provem do grego Kirrhós, que significa amarelo palha. Estas fotografias mostram fígados de bovinos de matadouro que sofreram processo degenerativo cronico progressivo caracterizado por: degeneração e necrose de hepatócitos, regeneração de hepatócitos, infiltração de tecido conjuntivo fibroso, e subversão da arquitetura do órgão, caracterizando portanto um cirrose hepática. Esta alteração morfofuncional do fígado tem como causa as mais variadas possíveis, dentre elas pode-se citar: deficiência de substâncias dietéticas (proteína), processo inflamatório do parênquima (hepatite), alcaloides do grupo pirrolidina, parasito, insultos tóxicos crônicos, obstrução biliar, e congestão passiva crônica do fígado devido uma esclerose cardíaca. Esta alteração patológica pode ter como consequência uma icterícia, cifras baixa de vitamina A, e pode deixar de inativar estrógenos, levando a uma hipotrofia testicular e ginecomastia em machos. A cirrose pode ocorrer nas diferentes espécies domesticas, mais frequentemente no cão, no suíno, bovino e no cavalo. Macroscopicamente o órgão esta com seu talhe menor ao normal, endurecido e com nódulos na sua superfície assim com também em seu parênquima.  
  


domingo, 3 de dezembro de 2017

Passagem de larvas de Ascaris sum em suínos

O Ascaris sum se encontram principalmente no intestino delgado, porém podem emigrar ao estomago e vias biliares. Possuem 30 cm ou mais de comprimento, sendo bastantes grossos. Uma fêmea produz um grande número de ovos que se desenvolvem até a fase infestante em torno de duas semanas, sendo bastantes resistentes a agentes químicos. Aí os ovos sendo ingeridos, as larvas se incubam no intestino, penetram na parede intestinal e entram na circulação portal, os quais depois de crescimento no fígado, são transportados pela circulação pulmonar, onde através dos  capilares vão aos espaços alveolares. Aproximadamente duas semanas após a ingestão, as larvas deixam os pulmões subindo pelas arvores bronquiolares  retornando ao sistema digestivo onde sofrem maturação no intestino delgado. Estes vermes podem reduzir em muito a velocidade de crescimento nos animais jovens. A imigração das larvas através do fígado causam hemorragia e fibrose que aparecem como manchas brancacentas debaixo da capsula como mostram as fotos.      



quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Pleuropneumonia fibrino supurada cronica em suíno

A pleuro pneumonia fibrino supurada cronica fazem parte das doenças respiratórias nos suínos e são uma importante causa de perdas econômicas, devido tanto ao atraso no crescimento quanto às perdas com mortes de animais. Na maioria dos casos, a aparição destas doenças se relaciona com a ação conjunta de vários agentes patógenos, condições ambientais e de manejo inadequados. Desta forma estamos diante de uma doença multifatorial, que tem sido chamado de complexo respiratório dos suínos.
Observa-se na superfície da serosa pulmonar que ela perdeu o seu brilho e está com uma aparência aveludada, formando uma membrana brancacenta de material filamentoso atingindo alguns centímetros de espessura, com superfície rugosa e estrias fibrinosas. A membrana de fibrina parece formar uma pseudomembrana amarela ou branca acentuadamente resistente. Observa-se nas fotos que o exsudato fibrinoso forma uma camada que se desprende facilmente do tecido pulmonar que lhe deu origem deixando-o intacto.  Outro constituinte do exsudato desta consorciação da inflamação é o pus. Ao contrário da crença popular, a presença de pus numa lesão é um sinal extremamente favorável. Indica que a primeira linha de defesa celular foi requisitada para a área pulmonar. O pus confinado é uma fonte de absorção de substâncias tóxicas provocando a chamada toxemia. Os organismos podem entrar na corrente circulatória (piemia) e podem ser transportados a outros lugares onde provocam novos focos inflamatórios como demonstrado nas fotos, portanto dando metástase em outras áreas pulmonares.





sábado, 11 de novembro de 2017

Lipoma em suíno

São tumores das células adiposas. Os lipomas são bem mais comuns que os lipossarcomas e são vistos mais frequentemente em cães idosos, cavalos, carneiros, gatos, bovinos  como neste postamento em suínos. Os lipomas são vistos ocasionalmente na cavidade abdominal de suínos. o suíno não precisa ser gordo para ser afetado. A localização preferencial dos lipomas nos animais domésticos é subcutâneo ( na região do peito, adomem, externo, axilas e pernas). Os lipossarcomas são raros. Macroscopicamente são simples ou múltiplos. Sua forma e tamanho como demonstra as fotos são irregulares. O tamanho não está associado à gordura corporal. São arredondados, ovoides, e pedunculados. São bem circunscritos, encapsulados, de consistência mole. às vezes o tumor é mais duro dependendo da quantidade de tecido fibroso nele existente. Sua cor é branco ou ligeiramente amarelado com áreas de necrose gordurosa em seu centro. 


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Hidronefrose em suíno

Esta alteração renal se caracteriza por dilatação da pelve renal, causada por obstrução parcial ou completa do fluxo da saída da urina em um ou nos dois rins. Neste caso foi no rim direito observando uma hipertrofia compensatória ou vicariante do esquerdo. Macroscopicamente observou-se varias dilatações da pelve renal e cálices renais com apresentação de diferentes bolsas formadas por capsula renal repleta de liquido e o parênquima renal bastante hipotrofiado com demonstra as fotos ao lado. Com frequência pode estar acompanhado de hidro ureter. Todos os animais são susceptíveis a esta alteração. A obstrução do fluxo da saída da urina pode originar-se por infecções com inflamação da pelve, do ureter, da bexiga ou, com menor frequência, da uretra. A obstrução mecânica do trato urinário pode ser produzida por cálculos ou neoplasias abdominais, um útero gestante ou por hipertrofia prostática. 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Tuberculose em suíno em matadouro

O quadro anatomopatológico da tuberculose nos suínos oferece aspectos múltiplos e variados dependendo dos fatores enumerados do principio de Jadassohn e Lewandowsky ou seja o quadro anatômico depende: do número de germes; da patogenicidade dos germes; da resistência natural do organismo e do estado de sensibilização prévia e imunidade resultantes de infecções anteriores. Nos suínos só se encontra a forma de primo infecção ou infecção primaria. Os suínos são susceptíveis ao M. tuberculosis. var, hominis, M. tuberculoses var. bovis e M. tuberculosis avium. A via de infecção é quase sempre alimentar. O bacilo do tipo bovino produz lesões generalizadas, enquanto que o bacilo do tipo aviário produz lesões do tipo produtivo lembrando granuloma por corpo estranho. A caseificação não é frequente nestas lesões. É uma doença rara observada principalmente em animais de matadouro como este do postamento. Pode aparecer lesões de tuberculose óssea. As lesões aqui nos diferentes locais consiste de áreas branco amarelada, pequena ou grande no bordo convexo do pulmão que é a parte mais ventilada do pulmão. A lesão é desde milimétricas até centimétricas em baixo da pleura que pode estar ou não caseado. Os outros órgão aparecem com as mesmas lesões.   


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Ascaridiose em suíno

É um parasito grande, os vermes adultos possuem cerca de 25 a 40 cm de comprimento é da classe nematódea (cilíndrico e alongado). Encontram principalmente no intestino delgado como mostra as fotos, porém podem emigrar aos estômagos, fígado e vias biliares. Seus principais hospedeiros são: suínos, javalis, raramente ovinos, bovinos, seres humanos. Os ovos de Ascaris Suum são muito resistentes a injurias químicas e físicas e seus ovos permanecem infectantes no solo por vários anos. O local favorito desse parasito é o intestino delgado, podendo migrar e se hospedar no fígado e pulmão. Após a ingestão do parasito em forma de ovo, esse ovo vai eclodir no estômago ou intestino delgado, então pode migrar para o fígado e pulmão e de novo voltar para o intestino delgado por meio dos brônquios, da traqueia e da faringe. Quando se tem um grande número de larvas em migração elas podem causar várias hemorragias pequenas, enfisema e pneumonia transitória. Já no fígado dos leitões as larvas em migração podem causar pontos brancacentos, turvos com até 1 cm de diâmetro, representa o reparo fibroso de reações inflamatórias devido à passagem dos parasitos no fígado sensibilizado. Os fígados com essas lesões podem ser condenados e descartados na inspeção da carne). O suíno com esta verminose tem um ganho de peso mais lento devido à presença desse parasito e uma maior conversão alimentar. As Larvas no interior dos alvéolos e brônquios provocam uma bronquiolite aguda. Para se ter o controle desse parasito, precisa-se limpar e lavar frequentemente todo o ambiente e as porcas, além de utilizar anti-helmínticos. 



Nefrite cronica em suíno

A nefrite crônica é um quadro preocupante, pois nela a maior parte do rim está lesado e sem capacidade de regeneração como mostra as fotos. Em geral, existe uma produção excessiva de urina, pois o rim não consegue reter a água e substâncias importantes ao organismo, mas retém os produtos tóxicos podendo levar o animal à uremia. O rim passa a não produzir mais a substância que estimula a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos (eritropoetina). O animal apresenta um quadro de anemia. O desequilíbrio orgânico causado pela falência renal será permanente, uma vez que o rim não tem capacidade de se regenerar. O maior problema da nefrite crônica é a retenção de ureia, que é altamente tóxica. Macroscopicamente o rim apresenta-se diminuído de volume e coloração brancacenta devido à infiltrabilidade de tecido conjuntivo no órgão.


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Traumatismo torácico com hemotórax.

O hemotórax é o acumulo de sangue na cavidade pleural, sendo causado na maioria dos casos por trauma do tórax. Os sinais clínicos deste transtorno compreende dificuldade respiratória e debilidade. Observou-se neste caso que havia severa hemorragia pulmonar.  


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Seminoma em testículo de um cão

Também denominado orquidoma, espermatocitoma, sarcoma de células redondas do testículo e epitelioma seminal. Macroscopicamente aparece como massas nodulares lobuladas, firmes de cor branco acinzentada, pequenas como mostra a foto, às vezes pode substituir inteiramente o testículo. 

Cistite fibrinosa aguda em cão

Esta inflamação pode ser denominada também pseudo membranosa, onde o exsudato predominante é a fibrina apesar de outros elementos do exsudato inflamatório possam estar presentes mesmo em menor grau. Ela ocorre principalmente nas mucosas e serosas, incluindo alvéolos pulmonares. Aqui observo-se na bexiga de um cão macho. Macroscopicamente notou-se na mucosa vesical uma membrana de cor amarelo pálida como mostra as fotos. A superfície da mucosa perdeu seu brilho e mostrava uma aparência aveludada de uma membrana brancacenta de material filamentoso. Sua etiologia geralmente é causada por um tipo mais violento de injuria, o qual provocou uma maior permeabilidade capilar. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Tumor misto mamário em cadela velha

Este tumor misto mamário tem ocorrência em todos animais domésticos, inclusive no homem, mas tem apreciável importância na cadela, onde, onde está neoplasia tem uma incidência de 25% a 35% de todas as neoplasias mamárias. Na espécie canina, quando os dois sexos são considerados, eles são superados apenas pelos tumores cutâneos. Aparecem em geral em cadelas com mais de cinco anos de idade. Alguns fatores etiológicos devem ser considerados no aparecimento dos tumores mamário da cadela: 1) Ovariectomia: nestes animais estes tumores são extremamente raros principalmente quando a remoção dos ovários é elaborada antes da puberdade. Quando se pratica a ovariectomia em cadelas já portadoras do tumor, este regride e às vezes mesmo desaparece. Raramente percebe-se a transformação maligna de tumores benignos em cadelas castradas, e por outro lado, a ovariectomia, juntamente com a retirada da mama, muitas vezes previne as recidivas do tumor. 2) A incidência de tumores mamário é maior em cadelas virgens do que naquelas que se reproduzem normalmente. 3) de modo geral os tumores mamários, quer benignos, quer malignos, aumentam de volume e mostram-se amolecidos no proestro e no estro, tornando-se menores e mais firme no metaestro e no anestro. 4) parece haver correlação entre irregularidades de cio e a incidência de tumores mamário. 6) O papel da susceptibilidade genética é conhecido na camundonga. Os tumores mamários da cadela são classificados em tumores mistos, carcinomas, papilomas dos ductos e mioepiteliomas. Este tumor na cadela tem aproximadamente 60% de possibilidade de dar metástase no pulmão como demonstra a sua presença neste órgão como mostra as fotos.







segunda-feira, 31 de julho de 2017

Metamorfose gordurosa em bovino

O excesso de tecido adiposo generalizado é chamado obesidade. A gordura pode se acumular na célula ou pelo menos tornar-se visível devido a um colapso local do mecanismo mitocondrial de oxidação das gorduras, e neste caso há a metamorfose gordurosa. A metamorfose gordurosa é caracterizada pelo aparecimento de gordura no citoplasma dos hepatócitos, nas quais normalmente não é observada. A sua etiologia pode ser atribuída a duas causas principais: primeiro as toxemias de origem química (inorgânicos e orgânicos), infecciosa ou metabólica e segundo às hipoxemias ou anoxemias. A metamorfose gordurosa frequentemente é encontrada em vacas no início da lactação, associada à redução da fertilidade. Macroscopicamente o fígado afetado apresentam-se com aumento variável de volume, traduzido pelo abaulamento das bordas, coloração pálida ou amarelada, friáveis e de textura untuosa ao corte. Em alguns casos, nota-se a alternância de áreas pálidas-amareladas com áreas acastanhadas normais, indicando a localização zonal do processo. 

domingo, 30 de julho de 2017

Peritonite fibrino hemorrágica aguda

A inflamação do peritôneo é muito frequente nos grande animais, porém pouco frequente nos cães e gatos. Podem ser serofibrinosa, fibrino purulenta, purulenta hemorrágica e como neste caso em um cão peritonite difusa fibrino hemorrágica aguda. A maioria dos casos das peritonites são produzidas por bactérias e suas toxinas, algumas por infestação de helmintos e poucas são de origem vírica ou químicas. Observa-se na foto o peritônio, particularmente o que recobre o intestino, está vermelho e granuloso, mostrando umas poucas fibras de fibrinas vermelhas, inclusive ao redor do fígado. Observa-se edema da subserosa intestinal e em consequência petéquias ou hemorragias maiores.  

Hiperplasia nodular senil nos baço de cães

Isto significa um aumento no número de células do baço, sendo uma lesão bastante comum em cães idosos e raramente em outras espécies. Deve-se levar em conta que há um de variabilidade quando se usam as denominações hipertrofia e hiperplasia para lesões macroscópicas, porém deverá haver menos variações quando esses termos forem usados para lesões microscópicas, onde na hiperplasia tem-se o aumento no número celular e hipertrofia há um aumento do volume celular. Aqui neste postamento mostra-se uma hiperplasia esplênica com apresentação de nódulos macroscópicos onde estes são de tamanho variável desde milimétricos até 2 cm de diâmetros ou maiores podendo chegar até 5 cm e que se projetam hemisfericamente sobre a capsula como mostra as fotos. Na superfície de corte estes nódulos variam de cor desde o cinzento ao rosa até uma cor vermelha e branca, podendo aparecer zonas necróticas amareladas nos nódulos maiores.



     

sábado, 29 de julho de 2017

Calculoses ou litíases urinárias

A formação dos cálculos depende de processos que alterem o estado coloidal dos líquidos de secreção e excreção. Em tais líquidos, os sais minerais existem normalmente em supersaturação que é mantida pela ação protetora dos coloides. Um distúrbio de natureza física ou química neste coloide, pode reduzir ou anular completamente esta ação protetora, ocasionando precipitação de sais. Pode-se admitir que a mera presença de um coloide alterado favoreça tal processo, constituindo-se em núcleo para absorção de sais, formando concreções muito pequenas (micrólitos). Por outro lado o núcleo do cálculo pode ser de fibrina, muco, células epiteliais descamadas e grumos bacterianos. Uma vez iniciado o processo, ele próprio proporciona a condição adequada ao seu desenvolvimento oferecendo-se como superfície para novas adsorções de sais e concentração de coloides precipitados. Este processo patológico caracterizado pela presença de cálculos é denominado calculose ou litíase, palavra esta que vem do grego lithos que significa pedra. Estes cálculos são também chamados urólitos, e urolitíase é a presença de cálculos na porção terminal dos túbulos renais, na pelve renal, ureteres ou na bexiga. Sua etiologia tem inúmeras causas como deficiência de vitamina A, infecções urinárias, estase urinária, concentração de sais minerais e alguns tipos de medicamentos. Como pose ser observado nas fotos eles podem ser de vários tamanhos e formas, com consistência dura, ou relativamente moles, assim como de coloração branca, amarelada ou acinzentada, com superfície lisa, rugosa ou pontiaguda, redonda ou facetada. Como consequências estas calculoses além de provocar cólicas intensas podem trazer consequências graves devido a reação inflamatória, obstruções das vias urinárias, levando inclusive uremia, e muitas das vezes rutura da bexiga se a uretra estiver obstruída, ou mesmo hipotrofia renal por compressão e posterior hidronefrose.