A formação dos cálculos depende de processos que alterem o estado coloidal dos líquidos de secreção e excreção. Em tais líquidos, os sais minerais existem normalmente em supersaturação que é mantida pela ação protetora dos coloides. Um distúrbio de natureza física ou química neste coloide, pode reduzir ou anular completamente esta ação protetora, ocasionando precipitação de sais. Pode-se admitir que a mera presença de um coloide alterado favoreça tal processo, constituindo-se em núcleo para absorção de sais, formando concreções muito pequenas (micrólitos). Por outro lado o núcleo do cálculo pode ser de fibrina, muco, células epiteliais descamadas e grumos bacterianos. Uma vez iniciado o processo, ele próprio proporciona a condição adequada ao seu desenvolvimento oferecendo-se como superfície para novas adsorções de sais e concentração de coloides precipitados. Este processo patológico caracterizado pela presença de cálculos é denominado calculose ou litíase, palavra esta que vem do grego lithos que significa pedra. Estes cálculos são também chamados urólitos, e urolitíase é a presença de cálculos na porção terminal dos túbulos renais, na pelve renal, ureteres ou na bexiga. Sua etiologia tem inúmeras causas como deficiência de vitamina A, infecções urinárias, estase urinária, concentração de sais minerais e alguns tipos de medicamentos. Como pose ser observado nas fotos eles podem ser de vários tamanhos e formas, com consistência dura, ou relativamente moles, assim como de coloração branca, amarelada ou acinzentada, com superfície lisa, rugosa ou pontiaguda, redonda ou facetada. Como consequências estas calculoses além de provocar cólicas intensas podem trazer consequências graves devido a reação inflamatória, obstruções das vias urinárias, levando inclusive uremia, e muitas das vezes rutura da bexiga se a uretra estiver obstruída, ou mesmo hipotrofia renal por compressão e posterior hidronefrose.
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