quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Pleurite cronica em suínos

A superfície dos pulmões é recoberta por uma membrana conhecida como pleura visceral, que é constituída por tecido conjuntivo e uma superfície de mesotélio. A pleura é uma serosa comparada com pericárdio e o peritônio, e da mesma forma possui dois folhetos visceral e parietal. Em muitos casos, lesões dos pulmões curam e fica presente apenas uma pleurite focal adesiva como mostra a foto. A presença de uma alta incidência de pleurisia crônica no momento do abate é altamente sugestiva de pleuropneumonia. São conhecidos muitos fatores de risco que tem um efeito negativo em doenças respiratórias suína. A probabilidade da ocorrência de surtos clínicos é significativamente mais alta em granjas com rebanhos grandes, com movimentação de porcos durante o período de engorda. Perdas financeiras derivadas de infecções podem ser consequência de um aumento da taxa de mortalidade, custos de medicação (antibióticos e vacinas), redução da taxa de crescimento e perda de valor das carcaças devido principalmente a pleurite crônica. A mortalidade na fase de engorda nas granjas com surtos agudos e crônicos podem chegar a 3%. Aqui no Brasil a incidência de pleurisia no momento do abate está aumentando, observando perdas acima de 10%. Animais com pleurisia no momento do abate engordam em torno de 5% dia a menos do que os animais que não apresentam qualquer lesão. Pode haver uma perda muito grande no valor destas carcaças, sem contar o crescimento que todos estes suínos perdem. 

Pneumonia aguda em leilão de tres meses

Aqui são encontrados os mais variados agentes responsaveis por esta pneumonia dos animais. Assim as bactérias que agem isoladamente podem produzir pneumonias como estafilococos, estreptococos, corinobacterium, psudomonas, hemofilos, alguns fungos, protozoários, e por fim certas substâncias químicas inaladas, etc. Também as bactérias associadas aos vírus podem causar pneumonias. A via mais importante de penetração de tais agentes é a broncogena. O aspecto macroscopicos da pneumonia aguda são quatro fases que são conhecidos no processo da pneumonia. A fase aqui observada neste leitão foi a fase aguda, ou seja a de hepatização cinzenta, onde observa-se uma tonalidade avermelhada do processo anterior de hepatização vermelha, mas o órgão assume uma cor acinzentada como mostra as fotos, observando-se zonas afetadas volumosas, firmes, compactas de coloração acinzentadas e hipocreptantes. 



segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Erisipela suína ou ruiva

É uma enfermidade infecciosa que se manifesta de varias maneiras, afetando principalmente os suínos em crescimento. É de distribuição mundial. Esta enfermidade septicêmica aguda pode causar a morte, mas é possível que a perda econômica maior tem origem provenientes de casos discretos, crônicos e não fatais da enfermidade.  A erisipela, também conhecida como ruiva, é uma enfermidade do tipo hemorrágica, causada pela bactéria Erysipelothrix rhusiopathiae, um bacilo gram-positivo, que provoca septicemia aguda ou subaguda e lesões crônicas proliferativas. O principal reservatório do E. rhusiopathiae é o suíno doméstico. Entretanto, mamíferos selvagens e pássaros também podem ser fonte de infecção. É estimado que 30 50% dos suínos sadios alojam o E. rhusiopathiae nas tonsilas e outros tecidos linfoides, e podem eliminar a bactéria nas fezes e secreções oronasais, criando uma importante fonte de infecção. As bactérias contaminam o solo, a água, a cama e os alimentos, que servem como fonte de infecção e a penetração do agente ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados, bem como através de ferimentos na pele. A doença pode se apresentar de varias formas como septicemia aguda, forma cutânea artrites crônicas e endocardite vegetativa. Os suínos com septicemia aguda podem morrer subitamente sem manifestações clínicas. A coloração da pele pode variar desde o eritema até a despigmentação das orelhas, focinho e abdome. Uma segunda alteração cutânea observada na erisipela suína é a manifestação urticariforme que se dá nas formas atenuadas da doença, que se caracteriza pela ocorrência, na pele de numerosas elevações em forma de quadrado ou de losango como observadas nas fotos. Em consequências essas manifestações cutâneas da doença são denominadas diamond skin disease, pelos americanos e ingleses, onde são avermelhadas ou pardo-escuras e de consistência mais dura que a da pele circunvizinha normal. Tais placas sofrem rapidamente um escurecimento, mostrando a parte central mais intensamente escura. Estas lesões podem desaparecer deixando cicatrizes. Essas alterações cutâneas são consequência da oclusão de arteríolas por êmbolos formados de massas de Erysipelothrix rhusiopathiae constituindo verdadeiros infartos.






domingo, 2 de dezembro de 2018

Congestão passiva cronica hepática

Em uma hiperemia passiva geral, as consequências são tanto de ordem geral como local. Aqui neste postamento trata-se somente da consequência local no fígado. O fígado, devido a sua localização topográfica, sofre mais precocemente as consequências da hiperemia passiva. O fígado é um órgão com circulação venosa extremamente desenvolvida, pois coleta a maior parte do sangue venoso da cavidade abdominal. Além disso nos animais as veias hepáticas ou não tem válvulas ou as tem, mas insuficientes. Portanto em casos de insuficiência cardíaca, a pressão do sangue venoso se transmite integralmente ao sistema capilar hepático responsável pela nutrição das células hepáticas. Estes hepatócitos, elementos glandulares extremamente ativos, tem grande necessidade de oxigênio e são, portanto, muito sensíveis à hipóxia. Quando há insuficiência (afetando principalmente o lado direito), logo o fígado aumenta de volume e se torna friável. Se a estase for prolongada o órgão tem sua consistência aumentada, estado este denominado endurecimento cianótico. Mas a característica principal na hiperemia passiva crônica é o chamado fígado de nós moscada, cuja superfície de corte aparece salpicadas de manchas pardacentas escuras e amarelas claras como demonstra a foto. As áreas pardacentas escuras representam os centros congestionados de cada lóbulo e as áreas amareladas claras correspondem às partes periféricas de cada lóbulo sobrecarregadas de gordura (esteatose). O quadro final é a chamada congestão passiva crônica do fígado.


sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Pneumonia aguda em um recém nascido de uma anta

É uma alteração inflamatória aguda dos pulmões e brônquios, caracterizada por transtorno da respiração e hipoxemia, e geralmente complicada por efeitos sistêmicos das toxinas absorvidas na área afetada. Na fase de pneumonia aguda fase de hepatização vermelha o pulmão submerge e tem presença de grande quantidade de hemácias mais leucócitos mais fibrina. Macroscopicamente como mostra a foto nota-se as zonas afetadas volumosas, vermelhas escuras, hipocreptante e mais ou menos secas. Os mais variados agentes etiológicos são responsabilizados pelas pneumonias nas antas, assim, como bactérias que agem isoladamente podem produzir pneumonias como os estreptococos, Pseudomonas aeruginosa, etc. Bactérias também podem associar-se a vírus, e também fungos podem acarretar com frequência. Nos mamíferos como a anta o Criptococos neoformans podem ser causadores, assim como os protozoários. Por fim certas substancias químicas inaladas ou aspiradas podem ser causadoras de inflamações pulmonares. Neste caso pode-se pensar em alguns microrganismos oriundos da mãe como fatores predisponentes ao processo. Nas fotos mostra-se a mãe com o filho antes do óbito.


sábado, 24 de novembro de 2018

Lábio leporino em cão Shih Tzu

Lábio leporino ou queilosquise é uma alteração congênita onde o animal apresenta como mostra as fotos uma fissura mediana do lábio superior. Esta alteração pode ser mediana ou lateral, sendo a lateral quase sempre do lado esquerdo. Esta alteração no lábio inferior é rara e quando presente encontra-se na linha media do lábio. O defeito é comum entre os cães e outros animais domésticos (bovinos) como mostra as fotos. O modo de transmissão não está claro, mas provavelmente são hereditários, ainda que possam predispor fatores como deficiências nutricionais da mãe, stress e exposição a medicamentos ou substancias químicas, e interferência mecânica com o feto. Esta alteração pode ser uni ou bilateral, completa ou incompleta, e frequentemente se associam a fissuras do processo alveolar e do palato





terça-feira, 13 de novembro de 2018

Melanose pulmonar em equino

Nos animais domésticos como bovinos, carneiros e equinos pode haver uma produção excessiva e localização anormal do pigmento melânico. Pode ser encontrada em animais jovens sob a forma congênita ou pode ocorrer em animais adultos. Este tipo de lesão pode ser observado em vários órgãos, especialmente nos pulmões como nesta posta mento, epicárdio endocárdio, aorta, fígado, rins e sistema nervoso. É um achado frequente em animais de matadouro ou ocasionalmente como neste caso sem nenhum sinal clínico e sem nenhuma relação com a cor do animal. O pigmento aparece sob a forma de manchas pretas, arredondadas, de vários tamanhos, desde milimétricas a centímetros de diâmetro, de forma irregular, não só na superfície do órgão com também no interior do parênquima como demonstra as fotos. Não há modificação na textura, consistência e forma do tecido, assim como não há tendência à transformação neoplásica. Pode-se observar também Melanose em testículos de aves, útero e ovidutos de ovelha, assim como na córnea de cães produzindo cegueira.






sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Papilomas em suíno

Também denominado verrugas que são neoplasias epiteliais benignas derivadas dos epitélios pavimentosos estratificados. Macroscopicamente os papilomas apresentam acima da superfície da pele como demonstra as fotos como formações semelhantes a couve-flor. Geralmente é penduculado, às vezes aderido à superfície da pele. São comuns nos animais, ocorrendo em todas as espécies, sendo realmente bastante raros em suínos, mas acontecem em suínos mais velhos com reprodutores machos e fêmeas. Esta neoplasia é semelhante à papilomatose dos cães e bovinos.


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Hemorragia petequial em pulmão de suíno

Este tipo de hemorragia apresentam-se como hemorragias com áreas avermelhadas puntiformes, numerosas, do tamanho de cabeça de alfinete, visto normalmente nas doenças septicêmica tais como pasteurelose, salmoneloses.

Esplenite fibrinosa aguda em suíno


Este tipo de inflamação é rara no baço, sendo mais comum nas mucosas e serosas. Sua etiologia geralmente causada por um tipo mais violento de injúria, o qual provocou uma maior permeabilidade capilar. Os agentes mais comuns são germes como da necrobacilose, da salmonela. Muitas vezes o exudato fibrinoso se mistura com o seroso ou purulento formando as chamadas inflamções fibrino serosas ou fibrino purulentas. Aqui como mostra a foto apareceu um nodulo de mais ou menos de 1cm de diametro, que ao ser aberto, mostrou-se um material filamentoso, rugoso e estrias fibriosas.

Pneumonia aguda focal em suíno

Esta pneumonia aguda bem inicial está na fase de hepatização vermelha,. tendo presença de grande quantidade de hemácias mais leucócitos mais fibrina. Macroscopicamente nota-se zonas afetadas volumosas, vermelhas escuras e mais ou menos secas e hiopocrepitante. Suas causas geralmente são infecciosas.

Cisto renal em suíno

Este postamento mostra um cisto solitário de ocorrência bastante comum em suínos, como também em bovinos, cães e mais raro em gatos. Estes cistos tem preferencialmente tendencia a se localizar num dos polos renais. São mais frequentes na cortical renal que na medular como demonstra a foto. O tamanho varia de 1 e 2 cm até maiores. A foto mostra que fazem saliência proeminência à superfície e mostram líquido tenso em seu interior, e o seu conteúdo lembra a urina. Sua causa está na falta de fusão de porções da cortical com túbulos coletores, ou seja tem origem congenita.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Artrite fibrinosa aguda em suíno

As inflamações das articulações denominam-se artrites. Esta artrite fibrinosa está localizada na articulação coxofemural e é do tipo fibrinosa aguda. Os microorganismos responsaveis em suínos são os Erysipelothrix rhusiopathiae, estreptocococ spp, haemophilus spp, corynebacterium pyogenes, salmonella spp, Brucella suis e Escherichia coli. Pode-se observar macroscopicamente nas fotos que a articulação perdeu seu brilho e apresenta um aparência aveludada, formando um material bracacento acinzentado filamentoso.


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Endocardite X endocardiose nos animais

Endocardites geralmente não são primarias, mas decorrentes de outros processos onde a etiopatogenia relaciona-se com germes como estreptococo, estafilococos, Erisipelotrix e corinobacterium. Deve-se ressaltar que as endocardites geralmente não são primárias, mas sim decorrentes de um outro processo. Quanto à localização podem ser valvulares (nas valvas), murais ou parietais localização nas paredes). A localização mais frequente é nas valvas mitrais, o que se explica pelo maior volume de sangue que passa pelo ventrículo esquerdo e pela sua maior pressão, provocando uma irritação e posterior instalação da bactéria que se encontra no sangue. É interessante assinalar que nos bovinos a maior incidência de endocardite é na tricúspide, não se sabendo a explicação pra esta diferença de localização. Macroscopicamente são nodulações geralmente amareladas ou acinzentadas ou avermelhadas, ricas em fibrina, rugosas e friáveis. A correlação clinico patológica está no desprendimento de fragmentos de uma lesão trombótica-embolia-enfarte se o embolo é asséptico ou inflamação metastática se é séptico. A massa trombótica pode também provocar estenose ou insuficiência, portanto dilatação e hipertrofia câmara cardíaca. A endocardiose é um processo degenerativo crônico das valvas cardíacas ou do endocárdio valvar ou ventricular ou atrial que no cão tem uma etiopatogenia  relacionada com intoxicação crônica pelo cloreto de sódio ou sal de cozinha, onde as lesões são de aspecto nodulares brancacentos duros e não friáveis ou quebradiços diferenciando portanto das endocardites que são processos inflamatórios agudos ou crônicos também nodulares friáveis ou quebradiços. Observa-se aqui fotos em cães, suínos e bovinos. 
 



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Peritonite nos animais domésticos

É a inflamação do peritôneo que pode receber as seguintes denominações: epiploide, se localiza no epíploo; mesenterite, se no mesentério; perihepatite, se na capsula do fígado; periesplenite se na capsula do baço; perimetrite, se no perimétrio; perigastrite, se na serosa gástrica; e peritiflite se na serosa do ceco. São comuns em todos os animais domésticos. Na sua etiologia as bactérias e vírus tem apreciável importância, assim como os fungos, fatores físicos, e químicos. Também as rupturas gastrointestinais como acidentes que se complicam com as peritonites. As peritonites como demonstra as fotos podem serem quanto ao exsudato do tipo serosa, fibrinosa, purulenta, hemorrágica, catarral, etc. Também podem ser classificadas quanto a duração em agudas e cronicas, embora não há uma linha divisória precisa entre estes dois grupos, pois a inflamação aguda pode persistir e tornar-se cronica, e por outro lado nem todas as inflamações cronicas são provenientes das inflamações agudas. Muitas vezes estímulos de baixo grau ou microrganismos de baixo poder patológico podem desencadear inflamações cronicas sem nunca provocar reação aguda.




segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Dilatação cardiaca aguda X dilatação cardiaca cronica

O conhecimento das medidas do coração é de grande importância clínica e anatomopatológica. É claro que o tamanho e a forma do coração variam, segundo o grau de contração ou relaxamento (sístole e diástole). O peso médio do coração representa mais ou menos 0.7 % do peso total do corpo. Deve-se ressaltar que o suco coronariano indica a divisão entre átrios e os ventrículos. Circunda quase completamente o coração estando interrompido na origem da artéria pulmonar. A parede muscular ventricular esquerda tem em geral uma espessura aproximadamente 2.5 vezes a três em relação ao ventrículo direito. A dilatação caracteriza-se pela modificação da forma do coração. Este que normalmente tem maior diâmetro longitudinal, há modificação e o diâmetro transversal passa a ser maior que o longitudinal, tornando-se o coração mais globoso e flácido, mostrando então que na dilatação aguda há um prejuízo mecânico para o ventrículo e ele torna-se dilatado e com as paredes ventriculares aparentemente guardando as espessuras normais de suas paredes. Deve-se acrescentar que muitas vezes a dilatação pode ser a responsável por morte súbita do animal. Geralmente a dilatação cardíaca isolada é indicativo de um processo agudo, mas quando se observa uma dilatação crônica a musculatura do endocárdio ventricular está hipotrofiada como mostra a foto. Quando a dilatação ocorre nos processos crônicos, geralmente está associada à hipertrofia. Qualquer câmara cardíaca pode se dilatar, mas é mais comum a dilatação do ventrículo direito. 

domingo, 30 de setembro de 2018

Abscesso hepático em bovino

A forma mais comum da hepatite supurada em bovinos é na forma de abscessos no fígado. O abscesso é uma coleção circunscrita de pus. Depois de formado, a coleção purulenta é circunscrita por uma parede ou cápsula de tecido fibroso (membrana piogênica) que separa do tecido circunvizinho. O tamanho dos abscessos hepáticos variam desde milimétricas até centimétricas como mostra as fotos ao lado que o abscesso tinha aproximadamente 6 cm de diâmetro. Este pus dos abscessos pode ser branco, amarelo, verde, vermelho ou azulado, dependendo da espécie animal e do agente etiológico. Estreptococos e estafilococos geralmente produzem pus branco ou amarelo. Os germens da piobacilose particularmente aqueles encontrados nos bovinos, produzem um pus de cor esverdeada, e também tem esta cor azulada ou esverdeada nas infecções por P. aeruginosa. O pus é avermelhado quando existe sangue no exsudato.