sábado, 31 de agosto de 2019

Pneumonia cronica em um cão

A persistência do agente lesivo por semanas ou meses, é um estimulo constante para a reação inflamatória do pulmão. Geralmente é provocada por agentes de baixa intensidade e quando a resistência do organismo é alta. Aqui os sinais cardeais não são evidentes como nos processos agudos. Do ponto de vista morfológico, a pneumonia crônica se caracteriza por reação proliferativa com infiltrabilidade de tecido conjuntivo, dando origem a uma fibrose nodular dura e as vezes podendo ranger ao corte como demonstrou esta pneumonia. A inflamação só é crônica se há presença de tecido conjuntivo. Nesta pneumonia como mostra as fotos macroscopicamente apareceu como nódulos duros de tamanhos variáveis desde milimétricos a centimétricos, alguns rangendo ao corte, outros não, mas todos adentrando ao parênquima pulmonar. 



domingo, 25 de agosto de 2019

Cisticercose muscular

A cisticercose é a patologia mais encontrada na Inspeção post mortem em bovinos abatidos em estabelecimentos com Serviço de Inspeção Federal (SIF). É uma zoonose provocada por um parasito do tecido conjuntivo intersticial da musculatura esquelética. Os masseteres, os músculos da língua e do abdome e coração são os mais frequentemente parasitados. Macroscopicamente, estes cisticercos apresentam-se como uma vesícula de tamanho variando desde milimétrico até centimétricos de forma ovoide, possuindo em parte central, mancha amarelada ou brancacenta e sem brilho, a qual constitui o escólece do parasito como mostra as fotos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Peritonite supurada em bovino

É uma inflamação do peritônio, uma membrana que reveste as paredes do abdômen e os órgãos que lá se encontram. Também denominada supurativa ou purulenta é um tipo de inflamação cujo exsudato inflamatório é o pus que é um produto liquido de cor e consistência cremosa podendo ser fino e quase aquoso ou espesso e semissólido e de cor amarelada que pode passar a azulado ou esverdeado se Pseudomonas aeruginosa está entre as bactérias infectantes. A etiologia mais comum das inflamações supuradas são as bactérias, particularmente as pirogênicas, entre elas os estafilococos, estreptococos, e Corynebacterium piogênese. Os caracteres macroscópicos é o pus que pode ser branco, amarelo, verde, vermelho ou azulado, dependendo da espécie animal e do agente etiológico.  Os estreptococos e estafilococos geralmente produzem pus branco ou amarelo. O pus é avermelhado quando existe sangue no exsudato. A consistência do exsudato pode ser fina ou espessa, aquoso, cremoso, viscoso ou granular, dependendo da espécie animal, quantidade do material necrótico e da desidratação do exsudato. 

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Carcinoma espino celular

O sol parece exercer papel de certa importância na gênese dos tumores cutâneos, particularmente dos carcinomas. É um tumor maligno derivado do epitélio pavimentoso estratificado. Frequentemente ele se origina de papilomas. É a forma mais comum de carcinoma afetando todos os animais domésticos. Os animais afetados geralmente são adultos apesar de ser observados raramente em animais jovens. Ocorre principalmente na pele como na foto, boca, língua (observado também na foto), faringe rumem, cérvix, útero e bexiga. Ele pode ser observado em todas as áreas da pele, embora algumas espécies tem locais de predileção. A pele do tronco, pernas, dedos, escroto e lábios são locais de preferencia nos cães. Pênis, base da cauda, vulva e área perineal são de preferencia nos bovinos e equinos. Estas neoplasias são geralmente desprovidas de capsula e são difusos e apresentam processo de ulceração, em consequências do que sobrevém hemorragias constantes em virtude do comprometimento dos vasos, e as infecções não são raras pela penetração de bactérias em tais superfícies erodidas, sendo responsáveis pelo acentuado mau cheiro que muitos carcinomas apresentam. Neste postamento observa-se uma metástase no linfonodo como mostra a foto. 






segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Tuberculose encontrada em linfonodos em matadouro de bovinos

É uma enfermidade antiga, todavia muito difundida, porém muitos colegas nossos veterinários jovens não tiveram ainda o privilégio de ver. Aqui neste postamento mostra-se alguns linfonodos comprometidos como mostra as fotos. Tipicamente se trata de uma enfermidade infecciosa crônica ou granuloma produzido por uma bactéria do gênero Mycobacterium e que é muito semelhante em todos os animais que são afetados. Os gêneros Mycobacterium se encontram numerosas espécies, algumas amplamente distribuídas na natureza como saprófitos e patógenas ocasionais. Esta enfermidade nos bovinos é muito importante em certas regiões.  Talvez a denominação tisica fosse melhor que tuberculose, pois nesta doença nem toda lesão é granulomatosa ou se apresenta em forma de tubérculo. As lesões da tuberculose são de dois tipos: produtiva e exsudativa. Produtiva também chamada proliferativa ou granulomatosa, caracterizam-se pela formação do tubérculo ou folículo tuberculoso a qual deu o nome a doença. O tubérculo ou folículo tuberculoso é uma lesão de dimensões variáveis indo desde o tamanho milimétrico até centimétricos como demonstrado nas fotos. A macroscopia de um tubérculo é geralmente de um nódulo firme ou duro, de cor brancacenta, cinzenta ou amarelada, de um milímetro a três centímetros de diâmetro como mostra as fotos. A superfície de corte é amarela, caseosa com centro necrótico, seco e sólido em contraste com o pus dos abscessos. É comum a mineralização e ao corte um tubérculo tem-se a sensação de areia e um som peculiar que indica a presença de material calcário. As formas anatomopatológicas da tuberculose e sua evolução se apresenta como tuberculose primária e de reinfecção. Lembramos que a primo infecção e a reinfecção ocorrem somente no homem e nos bovinos. Nos outros animais só se tem observado a tuberculose primaria também chamada complexa primário tuberculoso ou complexo primário de Ranke que é a primeira lesão tuberculosa de um organismo. É assim chamado porque se compõe de dois elementos fundamentais que é a lesão primaria no ponto de inoculação e lesão no linfonodo regional satélite correspondente à região infectada. A localização do complexo primário varia com a porta de entrada que são quatro as vias principais de invasão como vias aéreas ou respiratórias (infecção aerógena), via alimentar ou digestiva (infecção heterógena), via congênita (infecção placentária) e via cutânea. Pela via aerógena, o complexo primário se localiza no pulmão e linfonodo do hilo pulmonar, pela digestiva, se localiza no intestino delgado e linfonodo mesentéricos; pela via congênita a infecção se propagara através dos vasos placentários e o complexo primário se formará no fígado e linfonodo do hilo hepático trazido os germens ao feto pelos vasos umbilicais. Esta via é de alguma importância nos bovinos porquê 0.5% dos bezerros recém-nascidos quando examinados tem tuberculose. Esta via congênita tem pouca importância nas outras espécies porque somente nas vacas é comum a endometrite tuberculosica. A via cutânea é relativamente rara. No complexo primário é observada a lei de Cornet, isto é, sempre que há lesão num órgão há lesão no linfonodo correspondente. O complexo primário pode se apresentar completo ou incompleto. Será completo quando encontrarmos as duas lesões (lesão primária e do linfonodo satélite; será incompleto quando a lesão primária, por ser muito pequena ou cicatrizar se logo, não é perceptível. Há apenas como sinal da complexa lesão do linfonodo satélite. A evolução da tuberculose primária pode apresentar três possibilidades de evoluções: Evolução para a cura; evolução para a latência; e generalização precoce. Na evolução para a cura a lesão pequena pode ser reabsorvida ou curar-se por fibrose ou por extensa mineralização do material caseificado. Outras vezes não há cura, mas o complexo primário é particularmente fibrosado ou mineralizado, ou encapsulado. Na evolução para a latência o complexo primário fica parcialmente curado, isto é, parcialmente fibrosado e mineralizado, mas contendo ainda bacilos patogênicos. Tem-se assim uma infecção latente. Estes focos latentes desempenham papel muito importante na tuberculose secundária, de reinfecção. Enquanto o organismo se mantiver em condições de boa saúde, o animal nada sofre. Mas desde que caia a resistência orgânica, poderá haver uma reinfecção endógena a partir do complexo latente. Na generalização finalmente o organismo pode não apresentar resistência e o complexo primário ao invés de curar ou entrar em latência, pode se generalizar (é a generalização precoce, para diferenciá-la da generalização tardia que pode ocorrer na reinfecção). Esta generalização precoce pode-se fazer por diversas vias: continuidade, broncógena, hematógenas, e via linfohematógena. Por continuidade a lesão inicial vai aumentando, e invadindo os tecidos adjacentes. Na generalização por via broncógena dá-se no pulmão pela aspiração bronquial do material caseificado da lesão primária dos linfonodos. O processo tuberculoso compromete a cápsula do linfonodo, daqui atinge a parede brônquica, destrói a parede e a substância caseosa é lançada na luz brônquica. Esta não tem importância em patologia animal. Generalização por via hematógenas direta: Comum no homem. Também sem importância nos animais. Na generalização por via linfohematógena do complexo primário é a via usual nos animais. A tuberculose de reinfecção é aquela que se dá no organismo já sensibilizado pela infecção primária, isto é, a que se dá no animal que teve infecção primária e que teve infecção primária e que se curou, ou ficou com infecção latente. Só se observa nos bovinos.








sábado, 10 de agosto de 2019

Nefrite cronica em suíno.

A persistência do agente lesivo por semanas ou anos, é um estimulo constante para a reação inflamatória. Geralmente é provocada por irritantes de baixa intensidade e quando a resistência do organismo é alta. Aqui os sinais cardeais da inflamação não são tão evidentes como nos processos agudos. Na nefrite crônica renal há presença de tecido conjuntivo maduro representado macroscopicamente como mostra as fotos pelas áreas brancacentas e uma resistência mais firme do órgão e seu volume diminuído. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Nefrite intersticial focal em suíno.

É uma inflamação localizada no interstício renal, excluindo os glomérulos que podem ser classificadas em difusa e focal. A focal demostrada como nas fotos deste postamento do suíno de matadouro onde, e sua etiologia é a mesma da difusa alterando somente a intensidade da lesão. Macroscopicamente como mostra as fotos a nefrite intersticial focal apresenta-se como pontos brancacentos milimétricos até centimétricos na superfície renal adentrando-se pelo parênquima. 



segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Linfadenites.

É a lesão mais importante dos linfonodos. Podem ser aguda do tipo serosa, fibrinosa, hemorrágica, necrohemorragica e purulenta e crônica como nos granulomas. A macroscopia das linfadenites agudas os linfonodos apresentam-se moles e úmidos, com superfície de corte convexa, hiperemia, edema e necrose como mostra as fotos. Já a macroscopia das Linfadenites crônica é que não estão presentes os pontos cardinais da inflamação, e os linfonodos são grandes ou pequenos como nas fotos dos linfonodos mesentéricos que são firmes, secos e duros.
 



sábado, 3 de agosto de 2019

Tuberculose em bovinos de matadouros







É a mais importante nos animais domésticos. Causada quase que exclusivamente pelo bacilo do tipo bovino, mas pode ocorrer infecção com o tipo humano e aviário. As vias de infecção mais comuns dos bovinos são respiratórias e alimentar. Como é aceito que a tuberculose bovina pode ser adquirida por inalação ou ingestão, é evidente que a localização do complexo primário depende da via de infecção. A maioria dos bovinos adquiri a infecção após 6 meses a 1 ano de idade ou mais. Nestes, a chamada infecção dos adultos, a maioria das lesões ocorre nos linfonodos retrofaringeanos, mediastínicos e brônquicos como mostra as fotos. O aspecto da lesão tuberculose nos bovinos é semelhante a qualquer outra, mas apresenta certas particularidades, às vezes como extensas áreas de caseificação e mineralização (calcificação), principalmente nos linfonodos e tendência a se disseminar nas serosas, principalmente pleura e peritônio. Nestas como demonstra as fotos os tubérculos são de forma nodular, de vários tamanhos são disseminados na superfície dando a chamada “tuberculose perlada” como demonstrado nas fotos.