Também denominada displasia coxo femoral é um defeito de certa importância no cão, espécie em que é de origem genética acometendo principalmente o Pastor Alemão. mas também o Poodle e o Labrador. Pode também aparecer no suíno e no coelho e finalmente no homem. A anomalia caracteriza-se fundamentalmente pela falta de acomodação da cabeça do fémur ao acetábulo, podendo ser unilateral ou bilateral. Os raios X indicam extra ordinário achatamento da cabeça do fémur. A alteração pode estar no acetábulo e consistir em seu encurtamento, caso em que este não consegue envolver a cabeça do fémur. Há, em consequência da malformação, luxação ou subluxaçao, necrose da cabeça do fémur e formação de falsa articulação. O meio ambiente influi sobre a manifestação desta alteração. Ao nascimento, as articulações da anca parecem normais, tanto física como radio graficamente. A displasia começa a desenvolver algum tempo depois do nascimento se a cabeça do fémur deixa de manter contacto normal com o acetábulo. Neste momento, a cabeça do fémur e a maior parte do acetábulo são cartilaginosos e as formas das duas partes são facilmente alteradas se elas ficarem permanentemente em stress. A instabilidade desta articulação coxo femoral pode ser causada por herança de um acetábulo superficial, uma articulação femoral com ângulo incorrecto, luxação dos tecidos elásticos que apoiam a articulação como tendões, ligamentos e cápsula articular. A incidência é máxima nos cães pesados e que crescem rapidamente. Não há predominância de sexos na sua apresentação. Os sintomas desta displasia podem aparecer sinais de dores nas articulações a partir de 5 a 6 meses. A enfermidade é melhor diagnósticada radio graficamente (olhar as radiografias ao lado). É extremamente importante a boa colocação para as radiografias e as normativas para projecção ventrodorsal com as patas estendidas. Com frequência pode haver sinais de osteoartrites. A idade óptima para o diagnóstico radiográfico definitivo é dos 24 aos 36m meses. Os tratamentos que aliviam a dor são úteis durante o período de remodelamento da articulação. Recomenda-se a cirurgia. Tem-se desenvolvido técnicas de reposição total da anca com bastante êxito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário