segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Botulismo em um cão labrador

O botulismo em cães é reconhecido como uma enfermidade rara que está relacionada à intoxicação alimentar, sendo causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Os cães e gatos pode contrair a doença pela ingestão de carne crua, carcaça de animais mortos, ossos contaminados, alimentos enlatados, restos de lixo e poças d’água em contatos com o lixo. A toxina é absorvida no sistema gástrico entérico e distribuída pela circulação, sendo que age especificamente sobre o sistema nervoso periférico e impede a transmissão dos impulsos das terminações nervosas para os músculos. O seu período de incubação varia em horas ou até semanas. Pode haver morte por paralisia da musculatura respiratória ou mesmo devido a infecções do sistema respiratório e urinário. Os sintomas do botulismo vão desde a paralisia das pálpebras e músculos faciais, dificuldade de deglutição até o aparecimento de megaesôfago, paralisia do diafragma com dificuldade respiratória. Pode aparecer fraqueza dos membros inclusive com paralisia dos quatros membros que pode ocorrer dentro de 12 a 24 horas após o início. Deve-se diferenciar da paralisia por carrapatos por Dermacentor e da Babesia, mas quando se retira os parasitos se observa uma recuperação rápida. O tratamento é feito sob a forma de terapia respiratória e cuidados de enfermagem. Em animais com sintomas graves pode haver necessidade de internação com oxigeno terapia e ventilação assistida durante alguns dias. Pode levar alguns dias para que o animal volte a andar normalmente. O botulismo nos cães é frequentemente fatal, sendo assim, o melhor tratamento é sempre a prevenção, lembrando não existir vacinas eficientes para o botulismo em cães. À necropsia não são detectadas lesões características.

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