sábado, 29 de outubro de 2016

Leptospirose em um cão Chow-Chow

 Leptospirose é um nome composto dado a uma enfermidade infecciosa de roedores, homem e animais domésticos, causada por um micro organismo com o nome genérico de Leptospira. Todas Leptospira são morfologicamente semelhantes e as técnicas sorológicas são os únicos métodos satisfatórios pelo qual podem ser identificados os diferentes tipos. Tem-se identificado mais de duzentos sorotipos de Leptospira. Alguns autores afirmam que a Leptospira spp. se encontra em qualquer localidade que a procure, e também encontra-se em todos os países. A leptospirose em todas suas formas é, sem dúvida de muita importância na lista das enfermidades dos animais. A Leptospira pode permanecer viável em água até três meses. Os animais infectados eliminam o micro organismo com as secreções e excreções, porém em particular na urina, e a infecção é principalmente através da pele. Há alguma característica gerais na leptospirose que são validas para todos os hospedeiros domésticos e todos os sorotipos infectantes. A incidência da infecção é em geral muito superior a incidência da enfermidade clínica. A mortalidade é relativa e a morbidade é baixa. Os animais com infecções subclínicas e os que se tem recuperados da enfermidade continuam eliminando o micro organismo particularmente com a urina, durante períodos prolongados, constituindo assim uma frente de infecção para outros animais. Os micro organismos se difundem a partir do ponto de penetração, no qual não produzem lesão, e determinam septicemia. A fase de septicemia varia consideravelmente em suas manifestações, em alguns casos sem produzir enfermidade clínica e em outros causando a morte em uns até sete dias. Quando a fase de septicemia envia o micro organismo, eles podem localizar no fígado, porém mais particularmente nos rins. Também mostram notável afinidade pelo útero gestante, porém não parecem localizar-se ou, persistir em outros órgãos distintos a não serem estes mencionados. A icterícia caracteriza a enfermidade clínica aguda em todas as espécies. No cão e no homem a anemia não é característica da enfermidade, mas a hemossiderose do baço e linfonódios é indicativa de uma destruição aumentada de eritrócitos, e a icterícia é mais propriamente atribuída a alteração hepática. Para a determinação do micro organismo sem realizar uma identificação específica, dá resultados satisfatórios o exame histopatológico de cortes de tecidos que devem ser frescos e bem fixados. Leptospirose no cão é causada pela Leptospira canícula e a L. icterohaemorrhagiae.  As infecções causadas pela L. canícula, em particular, são comuns e a transmissão provavelmente se dá de cão para cão. A L. icterohaemorrhagiae procede possivelmente, na maioria dos casos, de roedores como os ratos. A enfermidade aguda é a mais frequente nas idades de um a três anos. Os cães portadores de infecção residuais de L. canícula podem continuar eliminando o micro organismo na urina durante três anos ou mais tempo. Os animais podem manifestar icterícia e nefrites. Pode haver febre, notável tendência de hemorragias, traduzidas em hematêmese, melena, epistaxes e petequias nas mucosas. Nesta necropsia foram observadas icterícia, anemia, edema pulmonar, hepatomegalia e numerosos focos cinza esbranquiçado no córtex renal sugerindo uma nefrite intersticial.





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