Leptospirose
é um nome composto dado a uma enfermidade infecciosa de roedores, homem e
animais domésticos, causada por um micro organismo com o nome genérico de
Leptospira. Todas Leptospira são morfologicamente semelhantes e as técnicas
sorológicas são os únicos métodos satisfatórios pelo qual podem ser
identificados os diferentes tipos. Tem-se identificado mais de duzentos
sorotipos de Leptospira. Alguns autores afirmam que a Leptospira spp. se
encontra em qualquer localidade que a procure, e também encontra-se em todos os
países. A leptospirose em todas suas formas é, sem dúvida de muita importância
na lista das enfermidades dos animais. A Leptospira pode permanecer viável em
água até três meses. Os animais infectados eliminam o micro organismo com as
secreções e excreções, porém em particular na urina, e a infecção é
principalmente através da pele. Há alguma característica gerais na leptospirose
que são validas para todos os hospedeiros domésticos e todos os sorotipos
infectantes. A incidência da infecção é em geral muito superior a incidência da
enfermidade clínica. A mortalidade é relativa e a morbidade é baixa. Os animais
com infecções subclínicas e os que se tem recuperados da enfermidade continuam
eliminando o micro organismo particularmente com a urina, durante períodos
prolongados, constituindo assim uma frente de infecção para outros animais. Os
micro organismos se difundem a partir do ponto de penetração, no qual não
produzem lesão, e determinam septicemia. A fase de septicemia varia
consideravelmente em suas manifestações, em alguns casos sem produzir
enfermidade clínica e em outros causando a morte em uns até sete dias. Quando a
fase de septicemia envia o micro organismo, eles podem localizar no fígado,
porém mais particularmente nos rins. Também mostram notável afinidade pelo
útero gestante, porém não parecem localizar-se ou, persistir em outros órgãos
distintos a não serem estes mencionados. A icterícia caracteriza a enfermidade clínica
aguda em todas as espécies. No cão e no homem a anemia não é característica da
enfermidade, mas a hemossiderose do baço e linfonódios é indicativa de uma
destruição aumentada de eritrócitos, e a icterícia é mais propriamente
atribuída a alteração hepática. Para a determinação do micro organismo sem
realizar uma identificação específica, dá resultados satisfatórios o exame
histopatológico de cortes de tecidos que devem ser frescos e bem fixados. Leptospirose
no cão é causada pela Leptospira
canícula e a L. icterohaemorrhagiae. As
infecções causadas pela L. canícula, em particular, são comuns e a transmissão
provavelmente se dá de cão para cão. A L. icterohaemorrhagiae procede
possivelmente, na maioria dos casos, de roedores como os ratos. A enfermidade
aguda é a mais frequente nas idades de um a três anos. Os cães portadores de
infecção residuais de L. canícula podem continuar eliminando o micro organismo
na urina durante três anos ou mais tempo. Os animais podem manifestar icterícia
e nefrites. Pode haver febre, notável tendência de hemorragias, traduzidas em
hematêmese, melena, epistaxes e petequias nas mucosas. Nesta necropsia foram
observadas icterícia, anemia, edema pulmonar, hepatomegalia e numerosos focos
cinza esbranquiçado no córtex renal sugerindo uma nefrite intersticial.
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