É a inflamação supurada ou purulenta aguda ou cronica do útero fechado com acumulo de grande quantidade de pus no seu interior . Esta definição se aplica normalmente para incluir aqueles casos onde a eliminação do exsudato é impedida por estenose adquirida ou congênita. A piometra é de ocorrência bem comum na vaca, gata e cadela, como neste postamento que mostra-se após a cirurgia da cadela. Se sabe desde antigamente que a piometra pode apresentar-se com sequela devido à complicação de infecções uterinas. A piometra pode estar correlacionada à persistência do corpo amarelo, cuja progesterona por ele secretada torna o órgão susceptível a infecções, mantém fechada sua cérvix e inibe a contratibilidade de sua musculatura lisa. Os bons resultados obtidos com a expulsão do corpo amarelo no tratamento desta enfermidade mostram as relações da piometra com a presença de corpos lúteos persistentes. Na cadela e na gata, a piometra é muitas vezes uma complicação da pseudogestação. Entre as cadelas a piometra é mais comum nas virgens. Macroscopicamente, o útero mostra-se distendido como mostra a foto ao lado, de maneira que o útero quase preenche a cavidade abdominal. A parede uterina mostra-se adelgaçada. Quando abrimos verifica-se o conteúdo purulento. Este pus é espesso, viscoso, de cor parda avermelhada e de mau odor, quando os agentes responsáveis são a coli e o proteus. Nas infecções por estafilococos e estreptococos, o exudato tem as características comuns do pus. Deve-se salientar que na especie canina o conteúdo das piometras é frequentemente estéril.
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