A etiopatogenia não é bem conhecida, mas
parece estar relacionada a uma reação antígeno (substância que provocam a
formação de anticorpos) e anticorpos. Nos laboratórios onde se produzem soros
antibacterianos e antitoxinas, a ocorrência da amiloidose nos animais
produtores de soro corrobora esta teoria. De fato, ela é muito frequente em
cavalos usados na produção de soro e antitoxinas para certas doenças
infecciosas, tais como difteria e tétano. Sabe-se também que a amiloidose está
frequentemente relacionada a infecções crônicas prolongadas, tais como
tuberculose, mamite das vacas, anemia infecciosa dos cavalos, nefrites crônicas
dos cães, etc. Sua localização nos
animais domésticos a é rara, exceto cães e cavalos. Como a amiloidose é uma
doença de caráter progressivo, sua tendência é se generalizar e difundir. O
baço, fígado e rins são os órgãos, mas frequentemente acometidos. Quando o
acúmulo é maior os órgãos afetados apresentam-se aumentados de tamanho ou
volume, de consistência firme, pálidos (anêmicos), com cápsula tensa e bordos
arredondados. À superfície de corte tem aparência brancacenta lembrando à cera
incolor como demonstrado nas fotos. Se a amiloidose for muito intensa pode
provocar ruptura do órgão. No baço a amiloidose pode ser focal ou difusa. Na
forma focal o acúmulo se dá nos corpúsculos de Malpighi (em torno das
arteríolas) e aparecem como glóbulos claros arredondados, firmes, contrastando
nitidamente com o fundo da polpa vermelha. É o tradicionalmente chamado baço de
sagu ou de grão de tapioca. Na forma difusa a amiloidose é distribuída pela
polpa esplênica e lhe dá uma aparência semelhante a presunto. Geralmente é
achado ocasional de necropsia, mas pode ter como consequência a ruptura do
órgão. Microscopicamente como demonstra a foto a amiloidose aparece como
substancia homogênea e densa corando pelos corantes usuais em róseo-púrpura.
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