É também denominada esteatonecrose da gordura pancreática, sendo muito frequente. Por estestonecrose entende-se um processo patológico dos tecidos gordurosos em que possivelmente por ação de enzimas,a gordura de tais tecidos é desdobrada em ácidos graxos e glicerina. A esteatonecrose é descrita no cão, no suíno, no bovino, no ovino, no equino no felino e na galinha; pode ser consequência da decomposição das gorduras peritoneais pelo suco pancreático, desde que haja condições que possibilitem seu extravasamento na própria glândula pancreática. O refluxo de tal secreção é observado na colelitíase, em que os ductos pancreáticos são comprimidos pelos cálculos biliares. No cão, frequentemente se consegue estabelecer relação entre a esteatonecrose peritoneal e seu comprimento, tal como existe no homem. Para a explicação desses casos, aventa-se a hipótese da formação de fermentos lipolíticos pelas próprias células gordurosas. Outros autores pensam na possibilidade da ingestão de substâncias com propriedades lipolíticas nos alimentos vegetais. Na espécie bovina, a esteatonecrose às vezes é encontrada em animais estéreis (Hagan; Andrade dos Santos e Fonseca Xavier). A esteatonecrose manifesta-se por focos turvos e opacos, brancos ou branco-amarelados, semelhante a pingos de chama de vela, veja a foto acima, cujo tamanho atinge o de uma ervilha ou ainda maior. No suíno, no bovino e no ovino são em geral muito extensas as lesões.
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