domingo, 28 de janeiro de 2018

Degeneração hialina nos animais

Neste postamento o objetivo é mostrar as variedades da degeneração hialina que é a palavra "hialina" (de hialos=vidro) é usada para indicar qualquer de varias substancias de aspecto vítreo, branco, solido,denso,liso e homogêneo. Esta degeneração hialina se apresenta de três tipos: a hialinose epitelial, muscular e hialinose do tecido conjuntivo. Na hialinose epitelial (olhar a foto microscópica) as células epiteliais sofrem o acumulo de substancias hialina como gotículas ou glóbulos, corados em róseo pela eosina. Tal sucede nos túbulos uriníferos em casos de nefrites agudas e cronicas. Parece haver  uma estreita relação entre degeneração hialina e a degeneração turva por serem frequentemente vistas simultaneamente. Outro exemplo de hialinose epitelial são corpos amiláceos que ocorrem nos alvéolos pulmonares de algumas especies animais, glândulas mamarias de vaca, próstata de cães e cérebro de animais velhos. No caso da hialinose muscular a hialinização tanto pode ocorrer nas fibras musculares esqueléticas como cardíacas. Essencialmente consiste na coagulação das proteínas do sarcoplasma. É vista nos músculos laríngeos quando há paralisia do nervo laríngeo recurrente dos cavalos. Nos músculos glúteos também dos cavalos nos casos de azoturia. Na chamada doença do músculo branco parece ser devida a deficiência de alfa-tocoferol e vitamina E, dos carneiros e bovinos jovens e aves. Macroscopicamente, se a área lesada é grande, o músculo é brancacento ou pálido com aparência de carne de peixe. Frequentemente é chamada degeneração ou necros de Zenker. No caso da hialinose do tecido conjuntivo a hialinose mais comum. Macroscopicamente, quando o material hialino é abundante, apresenta-se em forma de depósitos branco, brilhante, semi-translucido e vítreo, mas uniformemente sólido e denso sendo de ocorrência frequente nas cicatrizes velhas, nas paredes dos vasos com arteriosclerose, no estroma de alguns tumores, nos linfonodos que drenam áreas de inflamação cronica, nos tecidos cicatriciais e nos trombos organizados. No ovário o corpus albicans é uma cicatriz fisiológica do corpo amarelo onde normalmente se dá intensa degeneração hialina do tecido conjuntivo. O fato da hialinose ser uma lesão permanente acarreta a perda da elasticidade do tecido afetado. Esta alteração hialina produz efeitos variáveis conforme a sua localização e extensão. Tais efeitos poderiam ser ou não danosos. Por exemplo a hialinose do músculo cardíaco poderá comprometer a sua importante função, assim como a hialinose vascular poderá comprometer gravemente a nutrição tecidual ou ter como consequência hemorragias.  


2 comentários:

  1. Palmer, N. Pathology of domestic animals. 4ed. New york, Academic Press 1993.Vpls 1.2.3.
    Fique com Deus. Fui...

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